18 milhões de crianças européias vivem na pobreza

Cerca de 18 milhões de crianças européias vivem na pobreza em países da Europa Oriental e no espaço ex-soviético, apesar da recuperação econômica registrada desde 1998, revelou hoje (18/10) um relatório da agência da ONU para a infância UNICEF.

O relatório da Unicef, divulgado em Florença, na Itália, assinala que apesar de reduzir a pobreza infantil de 32 milhões no meio da década de 90 para a cifra atual, os progressos no sentido de reduzir a pobreza têm sido cada vez mais escassos na região.


 



O documento, intitulado Controle Social dos Inocentes 2006: Para Compreender a Pobreza no Sudeste da Europa e Comunidade de Estados Independentes, revela que persistem as disparidades entre o que restou do estado de bem-estar e as oportunidades de vida.


 


A UNICEF, com sedo na Itália, afirma que a cota de miséria absoluta das crianças varia de 5% em algumas nações da CEI a 80% nas nações mais atrasadas da Ásia Central.


 


A diretora do Centro de Pesquisas da UNICEF, Marta Santos París, considera que para atacar a pobreza e as desigualdades entre as crianças, as políticas e recursos devem ser dirigidos a elas.


 


Nesse sentido, lamenta que esses estados tenham deixado passar o momento de sua recuperação econômica sem dedicar mais recursos ao desenvolvimento da infância, quando a pobreza afeta ao redor de 25% de suas crianças.


 


Além disso, o órgão da ONU constata que o progresso foi lento em aspectos necessários para melhorar o bem-estar dos menores, como a redução da mortalidade infantil, o aumento da escolaridade ou o acesso a água potável.


 


O documento recomenda um incremento substancial dos gastos em matéria de saúde e educação, que aidna se mantêm muito baixos, já que retornaram aos níveis de 1998.


 


A desaparição do campo socialista e a desintegração da União Soviética no princípio dos anos 90 fizeram cair por terra os modelos de segurança social e atenção aos menores existentes nessas nações, deixando milhões de crianças desamparadas.