Em manifestação gigantesca, bolivianos reafirmam apoio a Evo

Milhares de indígenas e camponeses assistiram na quinta-feira (12/10), a uma manifestação gigantesca em La Paz, sede do Executivo da Bolívia, convertendo-se numa demonstração de apoio ao presidente Evo Morales, cujo governo afrontou nos últimos dias rumor

“Esta revolução democrática e cultural, com Evo Morales ou sem ele, vai avante. Ninguém vai frear a mudança na Bolívia, irmãs e irmãos”, afirmou o presidente. A agência DPA assinalou que cerca de 30 mil pessoas  com bandeiras da Argentina, Colômbia, Equador, entre outros países – se reuniram na Plaza de los Héroes, em Laz Paz.


 


Evo acrescentou que “tentarão ofender-nos, humilhar-nos, frear-nos. Ninguém vai frear a Assembléia Constituinte, ninguém vai frear a recuperação, a nacionalização de nossos recursos naturais”. A AFP disse que o presidente boliviano louvou os programas de alfabetização que incluem ao redor de 250 mil pessoas em seu país, e a Operação Milagre, em que médicos cubanos realizam de graça cirurgias a pacientes pobres com diferentes afecções na vista.


 


Os EUA de olho
Também na quinta-feira, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, denunciou que está em marcha um plano dos Estados Unidos para efetuar um golpe de Estado contra Evo. “Tenho elementos de bastante peso para dizer: está em marcha o plano de um golpe de Estado para derrubar o governo do irmão presidente Evo Morales”, disse o líder bolivariano em um ato no estado Zulia. “Quem? O império americano e a oligarquia da Bolívia. O mesmo plano que ativaram aqui, denuncio ante o mundo”, acrescentou.


 


“Se algo chegar a acontecer com o irmão presidente Evo Morales, o responsável é o presidente dos Estados Unidos que é o agressor de nossos povos”, disse. “A Venezuela não vai ficar de braços cruzados diante da agressão contra o povo irmão da Bolívia”, afirmou, sem precisar as ações que seriam efetuadas por seu país.


 


“Se por alguma razão” o governo “legítimo, democrático do companheiro Evo Morales for derrubado, garanto que meu governo e eu faremos tudo o que pudermos para que um governo tirânico na Bolívia dure o mesmo tempo que durou aqui o tirânico (empresário Pedro) Carmona”, que o retirou do poder por 47 horas em abril de 2002.


 


Da Redação, com Granma e agências