Secretaria de Direitos Humanos fará exames de DNA de ossadas do Araguaia

A Secretaria Especial dos Direitos Humanos, do Ministério da Justiça, vai realizar os exames de DNA de oito ossadas de desaparecidos políticos na Guerrilha do Araguaia durante o período da ditadura militar. Serão realizadas 400 coletas de sangue d

''O primeiro passo é coletar o sangue dos familiares que são, em sua maioria,  idosos, para que não seja perdida esta informação. Em seguida serão analisadas as ossadas e confrontando-se os dados obtidos pela análise do sangue, verificaremos a compatibilidade entre as mesmas, estabelecendo, assim, a identidade de cada ossada'', explica a Dra. Denilce Ritsuko Sumita, pesquisadora da Genomic Engenharia Molecular, laboratório que venceu alicitação para realizar os exames.


 


As primeiras 25 amostras de sangue já foram coletadas em São Paulo, no último dia 25 de setembro. Outras coletas serão feitas nos demais estados brasileiros, onde residem familiares dos mortos.


 


As ossadas do Araguaia estão sob a guarda da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos, aguardando identificação.


 


As ossadas de dois presos políticos – Flávio Carvalho Molina e Luís Cunha, o Crioulo – foram identificadas por meio dos exames de DNA. Elas foram encontradas em uma vala clandestina do Cemitério Dom Bosco, em Perus, zona oeste de São Paulo, em 1990.