Caminhada de mulheres mobiliza Centro pelo voto consciente

A deputada federal Vanessa, candidata à reeleição, e a vereadora Lucia Antony, participaram da caminhada que percorreu a avenida Eduardo Ribeiro, onde com mais de 100 mulheres, puderam chamar a atenção da população para a importância do voto, pois as

 Uma caminhada com mais de 100 mulheres em defesa do voto consciente parou, nesta quinta-feira (dia 21), a avenida Eduardo Ribeiro, uma das principais vias do Centro de Manaus. A passeata local, parte da mobilização nacional da União Brasileira de Mulheres (UBM) “Mulher, seu voto não tem preço”, chamou a atenção da população para a necessidade de se eleger candidatos comprometidos com a valorização da mulher na sociedade e melhores condições de vida para os mais necessitados.



            Estiveram presente na caminhada  que disputa neste ano uma vaga na Assembléia Legislativa do Estado (ALE). As parlamentares do PCdoB são militantes do movimento de mulheres no Amazonas desde a década de 80 e fazem dos seus mandatos vozes em defesa da causa.



            A onda de escândalos políticos desestimula muitos a se envolver com o processo político. “É difícil fazer uma escolha consciente porque costuma ser a mesma coisa: políticos se mostram como a salvação, prometem tudo, mas depois das eleições não fazem nada, a não ser por eles mesmos”, avalia a vendedora autônoma Ana Maria Martins da Costa, 46, que confessa já ter escolhido candidato no dia da eleição.



            “Já fiz isso, mas não faço mais. Sei que o que está em jogo é o meu futuro, dos meus filhos, que podem ter representantes preocupados com a população ou com os seus próprios interesses, por isso agora procuro conhecer os candidatos”, acrescenta Ana Maria. Ela foi uma das dezenas de expectadores que ouviram as mensagens da caminhada no Centro da Capital do Amazonas por uma classe política ética.



            Erguendo cartazes com dizeres como “Voto pelo fim da violência contra a mulher”, “Voto contra a mortalidade maternal e infantil” e “Mulher, nosso futuro está em jogo”, manifestantes passavam para a população que só a eleição de candidatos comprometidos com a população pode ajudar a combater a discriminação no trabalho e a violência doméstica sofridas pelas mulheres.



            No fim da caminhada, Vanessa e Lucia Antony falaram aos manifestantes no encontro da avenida Eduardo Ribeiro com a Sete de Setembro. “Apesar das mulheres serem maioria na sociedade, são discriminadas no trabalho, têm pouca representatividade no parlamento. Dos 513 deputados da Câmara Federal, apenas 46 são mulheres. Precisamos melhorar isso e com o atual governo é possível”.



            Vanessa se refere as conquistas obtidas pelas mulheres no governo do presidente Lula, como a criação da Secretaria Especial de Políticas Públicas para as Mulheres, a aprovação do projeto de lei que tornou mais rígida a punição dos autores de violência contra a mulher e a implantação do programa Bolsa-Família, que ajuda as mães a manterem os filhos nas escolas.



            Lucia Antony pede mais. Ela defende escolas em tempo integral, creche, restaurante comunitário e lavanderia coletiva para as trabalhadoras humildes. Para tanto, é preciso eleger políticos preocupados em proporcionar melhores condições para que as mães humildes possam conciliar o trabalho com a criação dos filhos. “O nosso voto não tem preço, mas conseqüências”.


 
De Manaus,
Hudson Braga.