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Mesa invalida eleição e bancada do PMDB fica sem líder

A Secretaria Geral da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados invalidou a eleição do deputado Waldemir Moka (MS) para a liderança da bancada na Casa. Com isso, o cargo de líder do PMDB ficará vago até a realizaç&atil

Segundo a Mesa, a eleição –realizada nesta quarta-feira– não contava com a maioria absoluta (metade mais um) dos 82 deputados peemedebistas, condição exigida pelo regimento interno da Casa.

Moka nega e afirma que a reunião tinha 42 deputados presentes, exatamente o mínimo necessário, dos quais 35 teriam apoiado o seu nome.

O deputado Wilson Santiago (PB), que disputou o cargo de líder com Moka, disse que a lista dos deputados apresentada por Moka continha duplicidades e assinaturas que não conferiam.

Na quarta-feira, o grupo comandado por Santiago decidiu boicotar a votação, por entender que o dia legislativo estava "tumultuado demais", com a votação do relatório da CPI dos Correios e a votação da cassação de João Paulo Cunha (PT-SP), para uma eleição adequada.

Em nota, Moka criticou a atitude da Mesa. "O deputado lamenta que a eleição realizada democraticamente esteja sendo prejudicada por uma decisão estranha e sem propósito", afirma a nota. Já Santiago elogiou a decisão.

A briga é vista como mais um capítulo do embate entre as alas oposicionista e governista do partido, embora existam deputados das duas tendências nos dois grupos.

Santiago, hoje visto como governista, foi eleito líder da bancada no final do ano passado com o apoio do pré-candidato do partido à Presidência da República, Anthony Garotinho (RJ). Mais tarde, Santiago assinou um requerimento feito pela ala governista e passou a ser visto como um "traidor" pelos oposicionistas.

Moka afirma que luta pela independência do partido. "O deputado salienta que há mais de mês tem travado batalha desigual e desgastante com o único propósito de ver seu partido, ao qual está filiado desde 1978, decidir suas questões internas sem a interferência de qualquer poder", afirmou a nota do deputado.

Fonte: Folha Online