Sem categoria

Autoridades debatem Economia Solidária na Teia

“Economia solidária como uma nova cultura econômica” foi o tema em debate, nesta quinta-feira (06/04), do Seminário Cultura Viva na Teia, que está sendo realizado no auditório do Sesc da Vila Mariana. O seminário faz parte da I Mos

O secretário Nacional de Economia Solidário do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Paul Singer, defende a economia solidária como uma reação da sociedade à desigualdade social. “O lema da economia solidária é que todos são importantes, mesmo os mais fracos. É a idéia do vamos fazer juntos”, definiu. Segundo Singer, a competição, tão largamente defendida no mundo capitalista, para a economia solidária é tida como negativa e deve ser substituída pela solidariedade. “A economia solidária, ao contrário do princípio capitalista, é coletivista”, explicou.

Ladislau Dowbor, professor de Economia e Administração da PUC-SP, define o modo de produção solidário como “a democracia na economia”, onde todos têm poder de decidir e direito de consumir. Ele manifestou sua posição de que a dominação cultural é o maior fator de dominação econômica.

“O capitalismo sabe produzir, mas tem uma enorme incapacidade para distribuir”, explicou. Para ele, a produção capitalista é escoada exclusivamente para quem detém o capital. Ele vê na economia solidária uma mudança cultural para que isso seja revertido.

Além de Singer e Dowbor, o debate contou ainda com Elizabeth Grimberg, do Instituto Polis. Na mostra, estão sendo debatidos outros temas, como “Distribuições Étnicas: identidade e diversidade cultural”, com o ator e secretário de Identidade e de Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Sérgio Mamberti, Aritana do Xingu e Beth de Oxum, do Centro Cultural Coco da Umbigada; e “Tradição e Modernidade: natureza, inovação e cultura de resistência”.