CSC chama militantes à luta contra golpismo eleitoral

Mobilizar contra o golpismo da direita

Na reta final da campanha eleitoral, com a iminência de uma derrota já no primeiro turno, a direita brasileira, capitaneada pelo PSDB e PFL, acena com o golpismo para alterar os rumos do pleito, impedir a reeleição e desestabilizar o governo Lula. Agarra-se desesperadamente a uma insana tentativa de compra de um dossiê (feita por alguns petistas e desbaratada pela Polícia Federal) que evidenciaria as ligações perigosas do candidato tucano ao governo paulista, José Serra, com a máfia das sanguessugas. Em primeiro lugar, os neoliberais pretendem evitar um desfecho das presidenciais já no dia 1º de outubro. Se isto não for possível, conforme sugerem as últimas pesquisas, prometem impedir a diplomação de Lula e, caso também não obtenham sucesso neste propósito, levantarão a bandeira do impeachment no segundo mandato.

As organizações populares e personalidades democráticas não podem menosprezar a ameaça antidemocrática que paira sobre a nação. A história não deixa margens a dúvidas quanto ao espírito golpista das classes dominantes brasileiras, que no passado se voltou contra os presidentes Getúlio Vargas, provocando o seu suicídio em 1954, JK e João Goulart. Este último, acusado pelos conservadores de implementar uma república sindicalista e abrir caminho ao comunismo, foi derrubado pelo golpe militar de 1964, promovido com o ostensivo apoio do imperialismo estadunidense, que em setembro de 1973 alimentou o golpe contra Salvador Allende no Chile e não deve estar alheio aos acontecimentos em curso hoje em dia no nosso país e na América Latina. À época, como nos dias de hoje, a direita marchou sob a bandeira do falso moralismo para sufocar políticas e políticos comprometidos com o povo.

É preciso levar em conta as lições da história. O momento exige muita clareza, consciência e determinação por parte do povo e dos movimentos sociais. A Corrente Sindical Classista (CSC) soma sua voz à dos que denunciam e repudiam as novas iniciativas golpistas e conclama à mais ampla mobilização em defesa da democracia e da candidatura Lula. Os brasileiros sabem que o reacionarismo tem cara e já conhecem sobejamente figuras como FHC, que após oito anos de entreguismo e escândalos agora deu para fazer apologia aberta do golpismo, ACM, Jorge Bornhausen e Cia. São ervas-daninhas no terreno dos interesses nacionais e populares.

A CSC defende uma investigação rigorosa não só das denúncias que envolvem a tentativa de compra do dossiê Serra/Sanguessuga como igualmente do próprio conteúdo deste, assim como a punição exemplar dos eventuais culpados. Ainda a este respeito, é preciso alertar a opinião pública para o caráter parcial e enganoso da cobertura promovida pela mídia capitalista, sob o manto de uma falsa objetividade que no fundo serve e encobre os interesses reacionários e golpistas da velha e desacreditada direita brasileira.

Às ruas em defesa da democracia e da reeleição, contra o golpismo da direita neoliberal e por um novo projeto nacional de desenvolvimento, com soberania e valorização de trabalho.

Sexta-feira, 22 de setembro de 2006

Corrente Sindical Classista