Berzoini rechaça ligação do PT com dossiê e fala em armação

O presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, reafirmou nesta segunda-feira (18), em entrevista coletiva a jornalistas, em Brasília, que nem o partido nem a campanha realizam qualquer atividade que envolva recursos financeiros para a compra de informa

Ele informou que o partido está levantando todos os dados sobre os acontecimentos divulgados pela imprensa e pela PF nos últimos dias para tomar as medidas cabíveis – no plano político, jurídico e/ou administrativo. Berzoini levanta a hipótese de armação contra a candidatura Lula.



 
Berzoini afirmou que o ex-agente da PF Gedimar Passos é subordinado a Jorge Lorenzetti na área de tratamento de informações da campanha — setor que sistematiza o que sai na imprensa e na internet, além de informações passadas por militantes, e produz relatórios para a coordenação da campanha.


 


“Esta é a única função que ele deveria ter nessa campanha. Nunca de fazer qualquer tipo de montagem de dossiê ou aquisição de dossiês mediante pagamento”, disse.


 


Berzoini disse ainda que essas pessoas não poderiam para fazer qualquer tipo de movimentação que incluísse viagens e busca de informação sem autorização da coordenação.


 


“Estamos averiguando para apresentar de maneira clara e transparente uma posição à sociedade. Hoje não temos informações para apresentar, com clareza, o envolvimento dessas pessoas nos episódios relatados pela imprensa e PF nesses dias.”


 


Ele lembrou que Gedimar não tem relação orgânica com o PT. “Ele simplesmente foi contratado para um serviço. Se qualquer pessoa se envolveu em um episódio que não atenta para a legalidade e moralidade, essa pessoa vai ter que responder perante a Justiça e perante ao partido também.”


 


Armação


 



Berzoini negou com veemência que o PT tenha qualquer relação com o dinheiro que Gedimar portava quando foi preso.


 


“Esse dinheiro não pode ser do PT porque ninguém conhece esse dinheiro. Consideramos inclusive a hipótese de armação contra o PT. Não há qualquer referência de qualquer pessoa que tenha responsabilidade financeira na campanha da existência desses recursos”, disse.


 


Questionado sobre a autoria da armação, o presidente do PT respondeu que não faria acusações levianas. “A minha posição sobre isso é simplesmente uma análise: a quem interessaria conturbar a campanha a essa altura do campeonato?”, questionou.


 


Ele lembrou que a campanha pela reeleição do presidente Lula está “muito bem posicionada” (Lula tem em torno de 50% da preferência do eleitorado) e que, portanto, não haveria nenhum interesse em recorrer à compra de dossiês – prática que o PT sempre rejeitou – justamente agora.


 


Fonte: www.pt.org.br