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Michelle se reunirá com Lula para reforçar aliança estratégica

A presidente do Chile, Michelle Bachelet, viajará na próxima segunda-feira ao Brasil, em uma visita de dois dias na qual proporá reforçar e renovar a aliança estratégica entre as duas nações. Em sua segunda viagem ao ext

Um dos assuntos principais dessa agenda será a implementação de um amplo plano de cooperação bilateral, sob o conceito de "aliança renovada", segundo um documento da política externa do governo, divulgado nesta semana pela Chancelaria chilena, que define o Brasil como "uma peça-chave" na política externa, e afirma a necessidade de estreitar consideravelmente os vínculos entre os dois países.

O Ministério das Relações Exteriores chileno também reconhece "a capacidade" do Brasil para influenciar "como potência regional e seu papel de equilíbrio". Sob estas premissas, a agenda entre Michelle e Lula se concentrará, além das relações bilaterais, em assuntos regionais como a Comunidade Sul-Americana de Nações, o Mercosul e a situação no Haiti.

No âmbito multilateral, os presidentes dialogarão sobre a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, diante do qual o Chile apóia a candidatura do Brasil como membro não-permanente, a iniciativa contra a Fome e a Pobreza e a Rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC). Sobre a Rodada de Doha, os dois países fazem parte do G20, o grupo que reúne nações emergentes que exigem a eliminação dos subsídios agrícolas nas nações desenvolvidas, pois consideram que distorcem o comércio mundial.

O Brasil e o Chile são sócios e antigos aliados na região e compartilham visões no âmbito multilateral. Neste contexto, o Governo Lula foi crucial na campanha que levou o ex-ministro do Interior chileno José Miguel Insulza à Secretaria-Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA). Durante sua visita no Brasil, Michele também irá ao Congresso e ao Supremo Tribunal de Justiça.

A presidente chilena, que chegará ao Brasil após breve passagem pelo Paraguai, onde se reunirá com o presidente Nicanor Duarte, receberá também um título "honoris causa" da Universidade de Brasília (UNB). Michelle, que assumiu o cargo em 11 de março, viajará acompanhada do chanceler Foxley, da ministra de Mineração e Energia chilena, Karen Poniachik, e de um grupo de parlamentares e empresários. O Brasil aparece em terceiro lugar como origem das importações chilenas, com um total de US$ 3,526 bilhões em 2005, e em sexto nas exportações, que somaram US$ 1,728 bilhão no ano passado.

 

Da Redação
Com agências