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Governo muda diretores do BC e reforça conservadorismo

Em duas iniciativas simultâneas, o governo reafirma a “ortodoxia” das políticas fiscal e monetária. A troca da diretoria do Banco Central (BC) em nada muda o ritmo e a intensidade da trajetória de queda da taxa de juros. Até 15 de abril, o Executivo envia

Com o índice de superávit primário o governo pretende dar um horizonte de mais longo prazo para as metas fiscais, o que pode ajudar o BC na tarefa de reduzir a taxa Selic sem riscos de inflação. A mudança na diretoria do BC foi acertada pelo presidente do banco, Henrique Meirelles, com o presidente Lula e com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, segundo Meirelles. O diretor de Assuntos Internacionais, Alexandre Schwartsman, será substituído por Paulo Vieira da Cunha, nome bem recebido pelo mercado financeiro. Ele é tido como um sujeito de “densidade acadêmica” e respeitado no mundo financeiro. Deve ser uma das vozes mais influentes no Comitê de Política Monetária (Copom). Cunha dava aulas na Universidade de Colúmbia, em Nova York, e foi economista-chefe para América Latina do banco HSBC.

 

Para o lugar de Sérgio Darcy, que ficou mais de uma década na diretoria de Normas, foi deslocado Alexandre Tombini, até então diretor de Estudos Especiais. Para o cargo de Tombini irá o economista-chefe do ABN AMRO Real, Mario Mesquita, muito próximo do diretor de Política Econômica, Afonso Bevilaqua, de quem foi contemporâneo no FMI, e que, enquanto no ABN, fez várias notas elogiosas à política monetária do BC.

 

Com informações do
jornal Valor Econômico