Terrorismo americano já matou 72 mil, diz Independent

Mais de 72 mil pessoas ao redor do mundo morreram desde que os Estados Unidos iniciaram a sua “guerra contra o terror”, diz o jornal britânico The Independent.

Antecipando a cobertura da imprensa pelos cinco anos dos ataques de 11 de setembro de 2001 em Nova York, o diário afirma que desde então o mundo vive uma “era de guerra constante”.


 


Segundo as contas do jornal, mais de 40 mil pessoas foram mortas no Iraque, a maioria civis. Os mais de 30 mil restantes morreram por “uma combinação de ataques terroristas e ataques por parte dos Estados Unidos ou seus aliados”.


 


Em entrevista ao jornal, o ex-presidente iraniano Mohammad Khatami diagnosticou: “As políticas neoconservadoras criaram uma guerra que gera mais extremistas e radicais”.


 


Muito longe de acabar com o “terrorismo”, a administração Bush usou de poder militar “excedente” para lutar contra o extremismo e isso aparentemente criou ainda mais problemas, resultando na morte de 72.265 pessoas ao redor do mundo desde 2001. “A maioria dos mortos são civis iraquianos”, afirma o jornal britânico.


 


Os dados foram compilados pelo National Memorial Institute for Prevention of Terrorism (MIPT), uma organização baseada nos Estados Unidos.


 


O jornal ainda revela que as ações da resistência no Iraque não diminuíram após a morte de Abu Musab al-Zarqawi, alegado líder da suposta rede terrorista al-Qaida. Os números divulgados pelo comando militar de ocupação do país mostram que a resistência dobrou sua atividade a partir de janeiro deste ano.


 


Os ocupantes encontraram 2.625 bombas em estradas, sendo que 1.666 delas explodiram enquanto o restante teria sido desarmado. O número é o dobro do que foi encontrado em igual período no ano passado.