Para Chávez, Venezuela será uma pequena potência mundial

Chávez, que vai concorrer à reeleição no próximo dia 3 de dezembro, também se mostrou preocupado com o ''pequeno aumento'' na inflação registrado nos últimos meses, o que jogou por terra a intenção do governo de reduzir o indicador para um dígito.

A economia venezuelana manteve um crescimento ''sustentado'' durante os últimos 11 trimestres consecutivos, um comportamento jamais registrado anteriormente, disse o governante, citando dados do Banco Central da Venezuela (BCV).

O Produto Interno Bruto (PIB) venezuelano cresceu 9,6% no primeiro semestre deste ano, de acordo com dados do BCV, que destacou o crescimento econômico ''sustentado, significativo e generalizado pelo 11º trimestre consecutivo''.

A economia avançou 9,4% em 2005 e 17,3% em 2004, em contraste com as quedas de 9,2% e 8,9% em 2003 e 2002, respectivamente, devido à instabilidade política que abalava o país na época.

Êxito
Durante seu programa dominical ''Alô, Presidente'', Chávez disse que o nível recorde das reservas internacionais, superiores a U$ 35,5 bilhões, e o risco-país historicamente ''mais baixo, de 212 pontos'', demonstram o êxito da política econômica de seu governo revolucionário.

Em contrapartida, o líder venezuelano expressou preocupação pela alta da inflação nos últimos quatro meses, que levou a taxa acumulada nos primeiros oito meses do ano a 10,4%, e para 14,9% ao ano.

''A meta de baixar a inflação para um dígito não será atingida este ano'', admitiu Chávez, que pediu que sua equipe econômica ''trabalhe no plano antiinflacionário'' para evitar novas altas.

O ministro do Planejamento da Venezuela, Jorge Giordani, disse no que o aumento da inflação aconteceu especialmente devido à alta nos preços dos alimentos, que representam 28% da despesa familiar. A inflação na Venezuela em 2005 foi de 14,4%, contra os 19,2% de 2004.