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Thomaz Bastos se oferece para falar ao Congresso

Em ofício enviado hoje aos presidentes da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, se propõe ir ao Congresso Nacional para prestar esclarecimentos sobre o epis

Transformado pela oposição na "bola da vez" do jogo político, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, decidiu se antecipar a uma convocação formal do Congresso e se ofereceu, nesta quinta-feira, para comparecer espontaneamente na Câmara ou no Senado.

Dois requerimentos de convocação de Thomaz Bastos foram apresentados, no Senado e na Câmara, para esclarecer a participação do Ministério da Justiça e da Polícia Federal no episódio da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Nenhum dos requerimentos foi aprovado formalmente ainda.

O ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, foram indiciados no inquérito da PF que investiga a violação do sigilo do caseiro.

"Considerando o bom funcionamento das instituições democráticas (…) manifesto minha disposição em comparecer a qualquer uma das Casas do Parlamento em data a ser marcada de acordo com a conveniência do Legislativo", afirma Bastos em ofício enviado aos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP).

Renan, de acordo com sua assessoria, vai consultar os líderes partidários para marcar a data e o local do depoimento.

"Retiro o meu pedido de convocação imediatamente, assim que for marcada a data do comparecimento do ministro ao plenário", reagiu o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), autor de um dos requerimentos.

A tradição no Congresso é que ministros e outros representantes do Executivo compareçam a comissões temáticas que tenham relação com a sua área de trabalho. No caso de Bastos, seriam as comissão de Constituição e Justiça da Câmara ou do Senado. Apenas excepcionalmente ministros têm comparecido aos plenários das duas Casas.

Fonte: Reuters