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Lula critica pessimistas de plantão e alfineta Alckmin

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu nesta quinta-feira a 'temporada' de ataques a seu principal adversário nas eleições de outubro, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). Em discurso em Campinas, no interior de São Paulo,&nb

O presidente Luís Inácio Lula da Silva alfinetou duas vezes o seu principal adversário na eleição presidencial, o ex-governador Geraldo Alckmin, durante o discurso de lançamento do edital de licitação para o Aeroporto Industrial de Campinas (SP), nesta quinta-feira.

No início do discurso, Lula comentou a emoção que sentiu ao ver uma grande quantidade de jovens em duas inaugurações recentes de fábricas. Neste ponto, o presidente aproveitou para desferir o primeiro ataque indireto a Alckmin. "E quando a gente vê um menino daqueles preparado para o mercado de trabalho (…), a gente fica imaginando que haverá um dia neste país em que nós teremos menos Febem e mais indústria, menos Febem e mais escola", disse o presidente.

A Febem, palco constante de rebeliões e motins de adolescentes, foi um dos principais pontos negativos da administração Alckmin no governo do Estado de São Paulo. Nas últimas rebeliões, ocorridas nesta semana no complexo Tatuapé, 62 pessoas ficaram feridas.

Lula fez uma segunda referência à Febem no discurso. "O dia em que cada governante deste país admitir, na sua consciência e na sua alma, que cada tijolo que a gente colocar para gerar uma escola e para gerar um emprego, a gente não precisará colocar um tijolo para criar uma Febem ou uma prisão (…)", afirmou.

O presidente também ironizou as declarações de Alckmin de que o Estado de São Paulo tem crescido mais do que o Brasil nos últimos anos. "Virou moda agora as pessoas dizerem que São Paulo cresce mais do que o Brasil, que o Rio de Janeiro cresce mais do que o  Brasil. Parece coincidência, mas esses Estados só começaram a crescer mais do que o Brasil quando o Brasil começou a crescer no nosso governo", cutucou.

Lula também falou dos investimentos em educação. "Eu queria perguntar para os empresários, para os deputados: há quanto tempo vocês não viam falar no investimento em universidades no estado de São Paulo? Qual foi a última universidade que vocês viram fazer aqui, em São Paulo? Pois bem, nós levamos curso de medicina para Santos, nós estamos criando a Universidade Tecnológica do ABC, nós levamos um braço do curso de medicina para Diadema, nós levamos universidade para Guarulhos, levamos uma para Sorocaba, não, São Carlos, e agora vamos levar para Osasco, que é uma cidade de 1 milhão e 100 mil habitantes que não tem uma universidade pública. Campinas já tem muitas universidades.

O presidente também atacou os críticos do governo, chamando-os de "pessimistas de plantão". "Aqueles que se levantam de manhã, sem querer enxergar a realidade e dão palpites e mais palpites que viram manchetes e mais manchetes de coisas que, na verdade, não estão acontecendo. São coisas que eles gostariam que acontecesse porque no Brasil tem gente que não se contenta em ver alguém fazer mais do que eles. Tem gente que não se contenta que as coisas dêem certo", disse Lula.

Fonte: Folha Online