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Assembléia Paulista convoca membros da Nossa Caixa para explicar irregularidades de Alckmin

A Comissão de Finanças e Orçamento – CFO, da Assembléia Legislativa de São Paulo – Alesp, aprovou nesta quinta-feira (6/04) a convocação de membros da direçã

A Comissão de Finanças e Orçamento – CFO, da Assembléia Legislativa de São Paulo – Alesp, aprovou nesta quinta-feira (06/04) a convocação de membros da direção do banco Nossa Caixa, de São Paulo, afim de esclarecer as denúncias de irregularidades em contratos de publicidade e malversação de recursos públicos a partir de contratos de compras de materiais para programas sociais do governo estadual.

Entre setembro de 2003 e julho de 2005, a Nossa Caixa executou contratos que somam R$ 25 milhões, com as empresas de publicidade Full Jazz Comunicação e Propaganda e Colucci Propaganda. A Nossa Caixa favoreceu deputados aliados do ex-governador Geraldo Alckmin na liberação de anúncios para programas de rádio e TV e publicações.

Foram convocados o presidente do banco Carlos Eduardo da Silva Monteiro, o ex-presidente do banco Valdery Frota de Albuquerque, do ex-gerente de marketing Jaime de Castro Júnior, da atual gerente de marketing Marli Martins, de Roger Ferreira, assessor especial do então governador Geraldo Alckmin, entre outros, para prestar depoimento sobre os contratos de publicidade da Nossa Caixa com as empresas Colucci & Associados Propaganda LTDA. e Jazz Comunicação e Propaganda LTDA.

 

O PSDB tenta barrar a convocação dos diretores da Nossa Caixa para o depoimento alegando descumprimento do regimento interno quanto da convocação na CFO. Em discurso proferido em plenário, o líder do governo antecipou que os membros convocados não comparecerão à comissão.

 

O prazo regimental para os convocados indicarem a data de esclarecimento são de 30 dias. Após este prazo, caso não compareçam, os convocados podem ser indiciados por crime de responsabilidade pelo Ministério Público Estadual.

 

Para o deputado Nivaldo Santana (PCdoB), o PSDB se complica com a tentativa de impedimento dos esclarecimentos sobre as denúncias da Nossa Caixa. _O PSDB toma uma atitude antidemocrática porque, além de não aceitar a instalação de nenhuma CPI, busca impedir também que os dirigentes da Nossa Caixa prestem depoimento sobre as denúncias de favorecimento de parlamentares da base aliada – afirma o parlamentar comunista. Para Santana, o pré-candidato Geraldo Alckmin sofrerá a conseqüências das medidas autoritárias que toma em São Paulo.

 

Na terça-feira (05/04), houve a convocação pela Comissão de Segurança Pública, do ex-gerente de marketing da Nossa Caixa, Jaime de Castro Júnior, autor de um relatório de 42 páginas onde revela as irregularidades e pressões que recebeu do Palácio dos Bandeirantes. Castro Júnior se diz vítima de ameaça de morte pelas denúncias apresentadas.

As bancadas do PMDB, PT, PCdoB e PSB, através de novo requerimento do deputado Romeu Tuma Jr. (PMDB), buscam abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI para investigar as denúncias. O governo paulista, através de sua base aliada, impediram a instalação de 70 CPIs na Alesp. A oposição tenta instalar as comissões através de ações na justiça. Outra alternativa é o pedido  para o Tribunal de Contas do Estado – TCE instalarem uma Auditoria Especial, para investigar as possíveis irregularidades da Nossa Caixa.