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Groverno libera verba para agricultor “fechar a conta este ano”

O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, anunciou hoje (6) um conjunto de medidas de apoio à comercialização agrícola e a prorrogação das dívidas dos produtores. Segundo o ministro as medidas vão benefi

O governo vai liberar R$ 1,2 bilhão para apoiar a comercialização, por meio da Política de Garantia de Preço Mínimo e do Programa de Aquisição de Alimentos da agricultura Familiar. Deste total,  R$ 1 bilhão irá para o Ministério da Agricultura e mais R$ 238 milhões para o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Além disso serão disponibilizados 5,7 bilhões de credito rural de comercialização até 30 de junho.

O ministro ressaltou que as medidas anunciadas para o setor visam minimizar uma situação de inadimplência. "A conta não fecha para o agricultor este ano. Havia um horizonte de inadimplência muito grande", afirmou o Rodrigues. Ele destacou também que as medidas dão alívio momentâneo para o setor agropecuário, mas "jogam muitas questões para frente".

Já o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Bernardo Appy, afirmou que o pacote é "uma resposta forte" à crise conjuntural do setor. Ele informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que, em função da crise, as medidas sejam aprovadas em reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional, que ocorrerá na próxima semana.

Appy reconheceu que as medidas anunciadas  não resolvem os problemas estruturais do setor, que, segundo ele, em parte são responsáveis pela situação de crise conjuntural atual. Rodrigues também sublinhou que o governo priorizou as questões conjunturais. "As questões estruturais terão outro tempo para o anúncio", afirmou.

Safra prevista é de 122 milhões de toneladas

 

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimou a safra nacional de grãos em 121,97 milhões de toneladas. O número apresentado nesta quinta-feira (6) é inferior às  previsões de janeiro e fevereiro, mas mantém a expectativa de uma safra melhor do que a anterior.  No ano passado, a estiagem no Sul e outros fatores fizeram a safra recuar para 112,45 milhões de toneladas, criando a situação que o pacote de hoje busca enfrentar.

Com o levantamento de março, o crescimento previsto para a safra é de 8,46%. O estudo do IBGE indicou crescimento nas culturas de soja, feijão, 1ª e 2ª safras, e milho 1ª e 2ª safras. Em relação à área plantada no país, o acompanhamento do IBGE registra redução de 2,48%, na comparação com o ano passado.