Bolívia investirá em pesquisa de petróleo, anuncia Evo

O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou que a empresa petrolífera estatal YPFB começará a perfurar jazidas no ano que vem. O ministro de Energia, Andrés Solís Rada, explicou que o Estado dispõe de US$ 92 milhões para isto, provenientes da nova p

O anúncio foi feito na noite deste sábado ao fim de uma reunião de avaliação dos primeiros sete meses de governo com seu gabinete, em um hotel situado junto ao lago Titicaca, informou hoje a ABI (Agência Boliviana de Informação). “A industrialização dos recursos naturais, especialmente dos hidrocarbonetos, é prioritária para nós”, afirmou Morales depois da reunião, onde uma das decisões, segundo a ABI, foi “acelerar o fortalecimento da empresa petrolífera estatal”.



Oposição segura US$ 180 milhões



Evo, que nacionalizou os hidrocarbonetos em 1º de maio, afirmou que a YPFB deve assumir em breve seu papel central na produção, comercialização e industrialização do setor. “Precisamos de dois anos para perfurar e fazer as instalações correspondentes e, desta maneira, continuar aumentando os volumes de exportação e de industrialização”, disse ele.



“O nosso debate é interno, se [as perfurações] serão [feitas]com recursos econômicos próprios do Estado, através da YPFB, ou com parceiros” informou Morales, indicando que a empresa e o Estado têm limitações para encarar esse desafio.
Parte da responsabilidade por estas limitações provém da oposição de direita, concentrada na coalizão conservadoira Podemos. “A oposição impediu que o Banco Cenbtral da Bolívia nos conceda um financiamento de US$ 180 milhões. Atualmente uma das maiores dificuldades da nacionalização é a falta de recursos econômicos”, admitiu Solís Rada.



Dificuldades de capitalização



Evo Morales se queixa com freqüência de que as leis não permitem que faça tudo o que deseja, uma das razões pelas quais promoveu a Assembléia Constituinte, que começou a deliberar este mês em Sucre, capital oficial da Bolívia.



O Ministério da Fazenda boliviano afirmou que os municípios e as prefeituras (Governos departamentais) têm mais de US$ 500 milhões provenientes do IDH (Imposto Direto dos Hidrocarbonetos) não utilizados.



“O IDH foi dividido entre prefeituras e municípios. Isso dificulta um pouco para que possamos, através da YPFB, não somente nos dedicar à industrialização, mas a novas explorações, perfurações e construção das instalações correspondentes”, disse Evo.



Com agências