Tucanos revelam preconceito contra nordestinos e prostitutas

A oposição tucana se apresenta como ''moderna'', mas por baixo de um verniz de modernidade, existe o atraso e preconceito, demonstrados nas declarações do candidato ao governo de São Paulo, José Serra, que atribui aos imigrantes nordestinos o baix

Outro exemplo do atraso e preconceito que permeiam a ideologia tucana é a mensagem eletrônica “Profissionais do sexo” que está sendo distribuída pelos tucanos neste período eleitoral. A mensagem acusa o governo federal de reconhecer a profissão da prostituta e ensinar como a prostituta deve agir para ganhar dinheiro.


 


O e-mail destaca que o “governo coloca em link oficial, no site do Ministério do Trabalho, uma detalhada cartilha de como se tornar prostituta, ou de como exercer com segurança o ofício de prostituta”.


 


Não há motivo para chacota com questões sérias como estas. Em países como a Alemanha e a Holanda, onde a prostituição é regulamentada, as “profissionais do sexo” têm seus direitos trabalhistas garantidos como qualquer outro profissional.


 


A exemplo desses países, a prostituição precisa ser considerada por todos os governos que defendem uma sociedade justa, sem violência, sem discriminação e, principalmente, sem preconceito, esclarece a socióloga e presidente do Sindicato das Prostitutas do Rio de Janeiro, Gabriela da Silva Leite.


 


A profissão de profissional do sexo é citada no site do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por fazer parte da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), que é o documento do reconhecimento, da nomeação e da codificação dos títulos e conteúdos das ocupações do mercado de trabalho brasileiro.


É ao mesmo tempo uma classificação enumerativa e descritiva e permite a adoção de políticas públicas para as categorias profissionais elencadas. Lá estão também os catadores de lixo, outra profissão não regulamentada ainda no Brasil. Em países mais avançados como a Holanda, onde a prostituição é profissão regulamentada, com direitos e deveres trabalhistas, há garantia de segurança e proteção para os cidadãos ecidadãs – profissionais e clientes – que dela fazem uso.


 


O trabalho de classificação desenvolvido pela CBO, cuja estrutura básica foi criada em 1977, após ser firmado convênio entre o Brasil e a Organização das Nações Unidas (ONU), foi concluído em 2002. Os dados e informações que fazem parte da classificação e descrição da atividade dos profissionais de sexo, a exemplo do que ocorre com todas as demais ocupações da CBO,  foram coletadas com profissionais da área.


 


Gabriela Leite, por exemplo, é uma das pessoas que contribuiu nesse trabalho de descrição das atividades dos(as) profissionais.


 


De Brasília
Márcia Xavier
Com informações do Boletim da Campanha Lula