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Franceses bloqueiam ruas e trens em novo protesto contra lei antitrabalhista

Novos protestos irromperam hoje pelas ruas e estradas de ferro da França, contra a adoção do novo Contrato do Primeiro Emprego no país, lei antitrabalhista que permite aos empregadores demitir jovens até 26 anos sem quaisquer direitos trabalhistas. Trabal

Manifestantes bloquearam ruas, linhas de trem e serviços de entrega nesta quarta-feira na França para exigir a revogação do Contrato do Primeiro Emprego (CPE). Os protestos acontecem no mesmo dia em que líderes sindicais se reunirão com parlamentares para tentar contornar a crise.

 

Em Nantes, manifestantes bloquearam o tráfego no centro comercial da cidade por cerca de três horas. Em Toulouse (sul), caminhões dos correios foram barrados. Na cidade alpina de Chambery, estudantes bloquearam linhas de trens, segundo a rádio Europe-1.

 

De acordo com a polícia, 383 manifestantes foram presos na capital, onde 34 pessoas — entre elas, quatro policiais — ficaram levemente feridas. Outras 243 pessoas foram detidas em toda a França.

 

Doze sindicatos de trabalhadores e uniões de estudantes contrários ao Contrato do Primeiro Emprego (CPE) pediram hoje que o parlamento francês coloque em votação uma nova proposta de lei para anular a lei antitrabalhista ainda antes do próximo dia 17.

 

Em declaração conjunta, os trabalhadores unidos contra o CPE declararam que a condição para o início das negociações sobre uma nova lei sobre emprego e formação dos jovens é que o Parlamento revogue o CPE antes do feriado da Páscoa. Os trabalhadores e estudantes revelaram também que estão dispostos a continuar com a mobilização "sem excluir nenhum meio de ação".

 

Na proposta, se juntaram também aos trabalhadores e estudantes também se juntaram o Partido Comunista e outras forças, como o Partido Socialista, de centro e a principal força da oposição. O PCF defende a extinção do CPE e do Contrato do Novo Emprego, que é idêntico ao CPE, só que vale para todas as idades. CNE, que entrou em vigor em agosto, tem a mesma filosofia que o CPE — a demissão sem justificativa é possível nos dois primeiros anos de experiência —, mas afeta todas as idades e se aplica apenas a empresas com menos de 20 empregados.

 

A proposta para revogar o CPE deve ser votada antes do dia 17, pois o Parlamento entra em recesso por duas semanas depois do feriado. No entanto, os trabalhadores e estudantes tornaram a destacar, na nota conjunta, que encontrarão os parlamentares da UMP "não para negociar melhoras no CPE, mas para obter sua revogação".

 

Acompanhados pelos ministros de Coesão Social, Jean-Louis Borloo, e do Emprego, Gérard Larcher, os parlamentares da UMP devem receber nesta quinta-feira os representantes das organizações de estudantes. Após estes encontros, os parlamentares se reunirão com os líderes das patronais francesas.

 

Com agências internacionais