Passeata em São Paulo vai atrair milhares pela paz no Líbano

O Comitê de Solidariedade aos Povos Árabes promove em São Paulo, no próximo domingo (06/8), uma das mais expressivas passeatas em defesa da paz no Líbano e contra a ofensiva terrorista de Israel. É a chamada “Jornada pela Paz”, que deve atrair milhares de

A passeata terá concentração na Praça Oswaldo Cruz, perto do Metrô Paraíso, e deve seguir pela Avenida Paulista e Brigadeiro Luiz Antonio, rumo à Avenida República do Líbano. Domingo, dia do ato, é aniversário de um dos maiores genocídios da história – a explosão da bomba atômica em Hiroshima, em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial. Já nesta sexta-feira (4), das 13h30 às 14h30, o comércio paulistano fechou as portas na Rua 25 de Março. Protesto semelhante ocorreu em 28 de julho, no bairro do Brás.


 


Formado por várias de entidades da sociedade civil, o Comitê de Solidariedade inclui representações da comunidade árabe em São Paulo e no Brasil. Com a passeata, essas entidades querem chamar a atenção das autoridades brasileiras para a tragédia no Oriente Médio e pressioná-las a tomar atitudes concretas contra as agressões e em favor da paz. Entre outras demandas, o comitê exige que o governo brasileiro se oponha publicamente ao massacre do povo palestino e libanês, que causou a morte de brasileiros e seus familiares.


 


Em discurso na Câmara Federal proferido nesta semana, o deputado Jamil Murad (PCdoB-SP) manifestou seu temor: “É extremamente grave a situação atual no Oriente Médio, em particular na Palestina e no Líbano. O Partido Comunista do Brasil, desde que, há poucas semanas, Israel atacou Gaza e depois o Líbano, tem-se pronunciado através de um conjunto de notas públicas, condenando os atos de guerra praticados por Israel com o apoio dos Estados Unidos e manifestando irrestrita solidariedade aos povos palestino e libanês”.


 


O movimento brasileiro pela paz defende que o Brasil não aceite firmar o Tratado de Livre Comércio entre Mercosul e Israel – e que o governo brasileiro retire o embaixador do Brasil em Israel, sob forma de protesto. A ofensiva do governo de Israel contra o Líbano teve início em 12 de julho e já destruiu toda a infra-estrutura do país, deixando milhares de vítimas e tornando 25% da população desabrigada e exilada. Diante da gravidade dos ataques, entidades brasileiras já realizaram um ato público na Praça da Sé, também em São Paulo, no dia 21 de julho, que reuniu aproximadamente 2 mil pessoas. Eles clamam pelo cessar-fogo imediato e incondicional e pela reconstrução do Líbano e Palestina.


 


Da Redação, com agências