Estudantes de SP vão às ruas contra fiasco tucano no ensino

Além da Ubes, a passeata será organizada por UNE (União Nacional dos Estudantes), UEE-SP (União Estadual dos Estudantes), Umes (União Municipal dos Estudantes Secundaristas) e UPES (União Paulista dos Estudantes Secundaristas). Os manifestantes se concentrarão às 9 horas, em frente à Assembléia Legislativa de São Paulo. De lá, caminharão até o Largo São Francisco.

Para Osvaldo Lemos, são necessários mais investimentos no ensino de forma geral, como na infra-estrutura da escola pública, além de melhores salários para os professores. A segurança é outro tema que preocupa as entidades. ''Os estudantes não querem mais uma Febem que só serve, na verdade, como escola primária do crime'', declarou o dirigente da Ubes. ''Vamos sair às ruas para afirmar nosso compromisso com a educação e com um projeto de crescimento e de mudança para o país. Por isso, vamos dizer não ao projeto neoliberal do PSDB.''

As entidades pretendem denunciar os descalabros da gestão Covas-Alckimn-Lembo. ''De 1995 até 2000, o governo do PSDB sonegou, tirou da educação R$ 4,2 bilhões e, descaradamente, usou esse dinheiro para pagar a jaula do leão no jardim zoológico'', acusa o vice-presidente da Ubes, Gabriel Alves. Outras bandeiras da passeata são a luta pela derrubada da Medida Provisória 2208, que desorganizou e enfraqueceu o direito a meia-entrada em eventos culturais e esportivos; o acesso dos estudantes paulistas ao passe estudantil no transporte público; e a ampliação desse benefício a alunos de cursos pré-vestibulares.

Os estudantes defendem a aprovação da lei de cotas, que reserva 50% de todas as vagas nas universidades federais para alunos de escolas públicas, incluindo e respeitando as populações negras e indígenas de cada estado. Também ressaltam a necessidade de cumprir o projeto de ampliação das federais, que prevê a criação de mais 400 mil vagas até 2008.

Com Estudantenet