Trabalhadores da maior mina de cobre do mundo entram em greve

Os trabalhadores da mineradora privada chilena Escondida, a maior produtora mundial de cobre, aprovaram nesta sexta-feira (28/7) o início de uma greve por reivindicações salariais e outros benefícios, informaram fontes sindicais. Segundo os votos apurados

Se for mantida a tendência, a greve começaria no dia 7 de agosto, quando vence o atual contrato. Mas as partes ainda podem pedir um prazo de cinco dias para estender a negociação “Já temos os votos de que precisávamos”, disse aos jornalistas o dirigente Sergio Oyarzún. A empresa solicitou a intervenção da Delegacia do Trabalho para ajudar na negociação. O porta-voz do sindicato, Pedro Marín, disse que é pouco provável que as conversas tenham resultados favoráveis.


 


Os empregados exigem um aumento de cerca de 10%, ampliar os benefícios em matéria de saúde e educação para suas famílias, desenvolvimento profissional e um bônus de US$ 27 mil. Eles alegam que a empresa lucrou com a alta nos preços internacionais. A Escondida oferece 1,5% de aumento, e um bônus de US$ 4.900.


 


O anúncio cria expectativa no mercado, já que o Chile é o maior exportador mundial de cobre. Uma greve na Escondida certamente levaria a novas altas nos preços internacionais do metal. A Escondida, situada na região de Antofagasta, 1.368 quilômetros ao norte de Santiago, é a principal jazida de cobre do mundo, com 350 milhões de toneladas por ano. A mineradora é controlada pela australiana BHP Billiton, proprietária de 57,5%. A Rio Tinto possui outros 30%.