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Estratégia da Petrobras é produzir petróleo e gás; empresa negocia com a Bolívia

O presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, reiterou hoje (4) em Belo Horizonte que a estratégia da estatal é ser produtora de petróleo e gás e não ficar na condição de prestadora de serviços. Ele garantiu que para firmar a posição da companhia há a disp

O presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, reiterou hoje (4) em Belo Horizonte que a estratégia da estatal é ser produtora de petróleo e gás e não ficar na condição de prestadora de serviços. Ele garantiu que para firmar a posição da companhia há a disposição de estabelecer todas as parcerias possíveis. Gabrielli comemorou a retomada das negociações com o governo da Bolívia para encontrar uma solução sobre o futuro da Petrobras naquele país diante da nacionalização das reserves naturais de gás e petróleo.  "Temos uma missão técnica que está prevista de chegar ao Brasil nos próximos dez dias e nós vamos fazer as conversas no nível técnico. Não vamos discutir pela imprensa. As discussões serão com a YPFB (a estatal boliviana) e o Ministério de Hidrocarbonetos da Bolívia", destacou.
O presidente da Petrobras disse, ainda, que a estatal nunca mudou sua posição em relação à Bolívia e que o objetivo é aumentar os investimentos naquele país para garantir o fornecimento de gás a longo prazo para o mercado brasileiro. "Por isso estamos tentando acelerar o processo de negociação com a Bolívia", disse. Gabrielli participa da 47ª Reunião Anual dos Governadores do BID. O encontro reúne até amanhã (5) na capital mineira cerca de 15 mil representantes dos 47 países acionistas da instituição.
Assembléia
Os acionistas da Petrobras aprovaram o plano de investimento da empresa de R$ 26,2 bilhões este ano, 2,7% a mais do que no ano passado. A estatal vai utilizar menos recursos próprios do que em 2005. De acordo com o documento, a estatal vai investir R$ 20,9 bilhões com recursos próprios, contra R$ 22,9 bilhões em 2005. Os recursos de terceiros este ano serão de R$ 5,3 bilhões.  A assessoria da empresa não soube informar o motivo do aumento de recursos de terceiros no orçamento de um ano para o outro, mas lembrou que nos R$ 5,3 bilhões estão incluídos os investimentos em empresas com propósitos específicos.
Do total previsto para 2006, 66% irá para a área de exploração e produção de petróleo e gás; 14% para refino; 5 por cento para transporte dutoviário; 4% em pesquisa e desenvolvimento tecnológico; 3% para programas de energia nas regiões Nordeste, Sul, Sudeste e centro-Oeste; e 8% para demais programas orçamentários.  A assembléia aprovou também a destinação do lucro de R$ 23,4 bilhões referente ao exercício de 2005, com reserva de retenção de cerca de R$ 15 bilhões.
Na mesma assembléia, o presidente da Companhia Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, foi eleito para o Conselho de Administração da Petrobras, indicado pelo governo. O presidente do ABN Amro, Fabio Barbosa, foi reeleito como representante dos acionistas minoritários de ações ordinárias e o presidente do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau, pelos minoritários detentores de ações preferenciais.  O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, também foram eleitos para o Conselho da estatal, informou a assessoria da Petrobras.
Com agências