Israel já assassinou mais de 140 em um mês em Gaza

Cinco palestinos foram mortos durante ataques israelenses na Faixa de Gaza nesta quinta-feira (27/7), entre eles uma mulher de 75 anos cuja casa foi atingida em um dos bombardeios. Os ataques recentes elevam o total de mortos desde o início da ofensiva de

O presidente palestino, Mahmud Abbas, disse que a solução para a crise está próxima, já que a questão do soldado aprisionado — pretexto israelense para os ataques — está sendo negociada, o que nos leva a acreditar que uma solução será iminente”, afirmou Abbas, depois de um encontro com o primeiro-ministro italiano, Romano Prodi, nesta quinta, em Roma.


 


O Exército de Israel intensificou os bombardeios em Gaza na quarta-feira, quando 23 palestinos foram mortos. Os ataques também mataram três meninas e deixaram mais de 70 pessoas feridas. A situação na Faixa de Gaza deixou de ser o centro das atenções da grande mídia, com o início da agressão israelense ao Líbano.


 


Nesta quinta-feira, a UE declarou estar “supervisionando” o envio de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, de forma a garantir que a ajuda em dinheiro chegue diretamente aos beneficiários, sem passar pelo governo do Hamas.


 


“Começamos hoje a mandar fundos para o setor de saúde, o que significa fazer pagamentos para as pessoas trabalhando na área médica, passando por médicos, enfermeiros e outros funcionários”, disse a comissária de Assuntos Externos da UE, Benita Ferrero-Waldner, à agência de notícias AFP.


 


A União Européia, Israel e os Estados Unidos têm usado a chantagem financeira desde fevereiro, quando proibiram o repasse da ajuda financeira que garantia o salário dos funcionários públicos da ANP. Israel tem retido o dinheiro proveniente da arrecadação de taxas desde janeiro, quando o movimento de resistência Islâmico, Hamas, venceu as eleições.


 


Antes da aplicação de chantagem financeira contra o governo do Hamas, só a União Européia era responsável pelo envio de 500 milhões de euros (R$ 1,4 bilhão) por ano para a Autoridade Palestina.


 


Uma declaração divulgada pela União Européia informa que a ajuda que está sendo mandada agora “inclui também a entrega de combustível para os geradores de hospitais, bombas de água e indústrias de tratamento de água, depois que o Exército de Israel destruiu seis transformadores da Estação de Energia de Gaza”, embora não fique claro se essas instalações serão reconstruídas com dinheiro da UE.


 


A nota acrescenta que as medidas da UE tornaram possíveis “a provisão de serviços essenciais de saúde para mais de 90 mil pacientes e o acesso à água para mais de 1,2 milhão de pessoas em Gaza”.


 


A Autoridade Palestina está impedida com a chantagem financeira de para pagar os salários de cerca de 160 mil funcionários públicos, o que afeta a sobrevivência de um milhão de palestinos, um quarto da população na Faixa de Gaza e Cisjordânia.