Israel já matou mais de 300 no Líbano, incluindo 7 brasileiros

O total de brasileiros mortos no Líbano em decorrência dos ataques de Israel contra o sul do país, iniciados no último dia 12, chegou a sete nesta quarta-feira. As forças israelenses já assassinaram mais de 300 pessoas no Líbano, praticamen

 


 


Apesar dos esforços da ONU (Organização das Nações Unidas) e da comunidade internacional para pôr fim ao massacre praticado por Israel, o governo judeu, respaldado pelos Estados Unidos, não deu nenhuma sinalização de que vá interromper seus ataques.


 


A sétima vítima brasileira da violência é o comerciante Dib Barakat, 62, libanês naturalizado brasileiro que morou por 20 anos em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, e foi subprefeito de Riacho Grande.


 


Ele vivia há 10 anos com a mulher e os dois filhos no vale do Bekaa, região onde moram muitos brasileiros. Barakat morreu na madrugada de hoje, em um ataque contra sua fábrica de móveis. Mais tarde, outro ataque de Israel fez parentes e amigos terem que correr, durante o enterror do brasileiro.


 


Outra vítima brasileira é o comerciante libanês naturalizado brasileiro Rodrigo Aiman Daher, 35, que morreu na cidade de Sur, a 100 km de Beirute. Ele foi morto por volta das 16h (10h de Brasília) desta terça-feira, no momento em que estava em um café próximo de um prédio atingido por um míssil de Israel.


 


Um garoto brasileiro de 7 anos que morava em Foz do Iguaçu (PR) também morreu no Líbano. Na semana passada, as ações de Israel causaram ainda a morte de uma família brasileira [mãe, pai e duas crianças, de quatro e oito anos], também de Foz do Iguaçu.


 


O professor Akil Merhi, 34, sua mulher, Ahlam Merhi, 28, e os dois filhos brasileiros do casal estavam em férias no Líbano e deveriam retornar para casa no fim de julho.


 


Crise


 


A atual crise teve início com o seqüestro de dois soldados israelenses, além da morte de outros oito militares, em uma ação levada a cabo pelo Hizbollah, no último dia 12.


 


O governo Israel tem realizado ininterruptos ataques por ar, terra e mar, principalmente contra o sul do Líbano, onde o Hizbollah se concentra, mas “estranhamente”, somente 4 das mais de 300 vítimas fatais destes ataques são militantes do grupo islâmico. Todas as outras são civis inocentes assassinados por Israel durante ataques a estradas e áreas residenciais.


 


Israel pretende destruir a infra-estrutura da região para supostamente enfraquecer as ações do grupo e conseguir resgatar os dois soldados seqüestrados. Mas os governaos árabes da região acusam Israel de tentar reocupar o Líbano.


 


Ataques


 


No dia mais mortífero desde o início dos ataques, bombardeios de Israel causaram a morte de 57 pessoas (56 civis e um membro do Hizbollah), apenas nesta quarta-feira. Durante confrontos por terra, quando tropas israelenses cruzaram a fronteira para invadir locais de concentração do Hizbollah no Líbano, dois soldados israelenses morreram. A violência já retirou cerca de 1 milhão de pessoas de suas casas no Líbano.


 


Duas crianças [irmãos] israelenses também morreram nesta quarta-feira, vítimas de foguetes Katyusha lançados pelo Hizbollah. O alvo foi a cidade de de Nazaré, no norte de Israel, elevando a 16 o total de civis israelenses mortos nos ataques do Hizbollah, desde o último dia 12. Outras 12 pessoas ficaram feridas.


 


Dois bombardeiros de Israel atingiram nesta quarta-feira um posto da ONU em Maroun al Ras, que abrigava cerca 36 pessoas no sul do Líbano. Não houve registro de vítimas, mas o ataque causou danos materiais, segundo o porta-voz da Unifil (Forças Interinas das Nações Unidas no Líbano).


 


Outro ataque israelense atingiu um segundo posto da Unifil em Naqoura, sem deixar vítimas, também no sul do país.


 


Em 1996, durante campanha militar contra o Líbano, a aviação israelenses atingiu um posto da Unifil, no vilarejo de Qana, causando a morte de 106 civis que estavam abrigados no local.


 


Com agências