Alencar e Lula dizem que campanha não terá salto alto

O presidente em exercício, José Alencar, pediu que a campanha para reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja feita sem sapato alto pra não repetir a seleção brasileira na Copa. Lula falou que governo terá união.

Alencar está confiante e prometeu batalhar muito para a reeleição. “Nós vamos ganhar, mas vamos trabalhar 24 horas por dia, todos os dias até as eleições”, disse. Ao comentar a ameaça de segundo turno com o direitista Geraldo Alckmin ajudado pela candidata “esquerdista Heloisa Helena, Alencar disse que a “preocupação com pesquisas deveria estar na cabeça dos adversários”. O candidato a vice de Lula participou do lançamento do “Fórum Catarinense Lula Presidente”, união de empresários e lideranças políticas de vários partidos.


Lula disse que mesmo sob necessidade de compor alianças para garantir ou facilitar a governabilidade, não haverá impacto na dinâmica do governo. “O pessoal tem a mania de achar que nós temos aqui no Brasil uma política de ministros. Nós temos uma política de governo. A política econômica não era do ministro Palocci e não é do ministro Mantega, ela pertence ao governo. Qualquer ministro que vier seja no Ministério do Trabalho ou no Ministério da Fazenda, ele vai continuar cumprindo as determinações da política do governo”, disse o presidente.


Lula acha que em um segundo mandato algumas frentes do governo devem ser aperfeiçoados pela experiência adquirida e por projetos que estão em andamento e por isso sua receita de trabalho para mais quatro anos parece muito simples. “Não há porque mudar, há o que aperfeiçoar. Nós queremos reduzir mais os juros, nós queremos crescer um pouco mais, nós queremos gerar mais empregos. Queremos melhorar a infra-estrutura do país, melhorar a distribuição de renda e muito investimento na educação”, falou.


 


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Segundo o presidente, sua participação nos debates eleitorais tende a acontecer “se houver um segundo turno e se eu estiver no segundo turno”. “É preciso saber quais são os critérios. Meu antecessor (o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso) não participou de debates na campanha de reeleição. Porque na verdade você tem quatro ou cinco candidatos e todos virão para cima do presidente. Num segundo turno aí sim, você faz debate tête-à-tête com o adversário e você pode discutir programas e idéias”, afirmou.


Na agenda do presidente para o segundo mandato, as reformas voltam a ser prioridade e entre elas a eleita do presidente como prioridade número zero é a reforma política. “A reforma política é imprescindível. O Brasil não pode continuar com a organização partidária tal como ela está”, disse ele.”Esse Congresso acho que já não vota mais nada”, afirmou. Lula disse ainda não temer um Congresso onde a base do governo não tenha maioria embora lembrasse que “você tem que ser civilizado para fazer política”. Ele afirmou também que faz parte de seus planos o “aprefeiçoamento do Estado brasileiro” para transformá-lo num “Estado mais profissional”.


 


Com agências