Oliver Stone apresenta seu elogiado World Trade Center

O novo filme do diretor Oliver Stone, World Trade Center – que conta a história real de dois sobreviventes dos atentados contra as Torres Gêmeas de Nova York – foi apresentado pela primeira vez à imprensa nesta sexta-feira (14/07).

Com estréia prevista para o próximo dia 9 de agosto, o filme, é um dos mais esperados da temporada – e será lançado às vésperas do aniversário cinco anos dos atentados de 11 de setembro de 2001 em Nova York e Washington. Mas o cineasta americano, conhecido por filmes controversos como JFK e Platoon, deixou de lado suas histórias de complôs políticos e restringiu seu novo filme a retratar as experiências dos dois protagonistas: o sargento John McLoughlin e Will Jimeno.


 


Eles faziam parte da Polícia portuária de Nova York e, ao tentarem salvar quem estava dentro do World Trade Center, acabaram se tornando vítimas, ficando sob os escombros das torres. Apenas 20 pessoas foram resgatadas com vida dos destroços. No total, 2.749 pessoas morreram sob os escombros segundo o filme, dedicado “aos que lutaram e morreram nesse dia”.


 


Fiel à história de McLoughlin e Jimeno, World Trade Center começa sem créditos, com uma Nova York que amanhece gloriosa, coroada pela majestosa presença das Torres Gêmeas no horizonte. O longa-metragem não mostra em nenhum momento os aviões se chocando contra as torres, já que nenhum dos dois protagonistas os viu.


 


Sombra sobre as torres
Nicolas Cage vive McLoughlin enquanto Michael Pena, de origem mexicana, interpreta o colombiano Jimeno. Stone convidou Pena depois de assistir a seu trabalho em Crash – No Limite. Para o papel de McLoughlin, nomes como Harrison Ford, John Travolta, Kevin Costner e George Clooney chegaram a ser cogitados, mas a decisão final foi por Cage.


 


Quando ficaram sob os escombros da Torre 2, eles não sabiam nem mesmo que o segundo avião havia se chocado. O público vê, assim como Jimeno, uma sombra ameaçadora sobre os arranha-céus da cidade – e escuta-se o som dos corpos se atirando dos edifícios sem esperança de sobreviver.


 


Stone também intercala diversas imagens de arquivos, extraídas da cobertura jornalística televisiva, naquele que foi o pior atentado terrorista já realizado em solo americano. O filme, porém, se restringe à visão dos dois protagonistas, das suas famílias e dos que fizeram parte da história, que se passa em aproximadamente 24 horas.


 


Entre eles está a enigmática figura de David Karner (Michael Shannon), um ex-fuzileiro naval que, ao ver o atentado pela televisão, consegue burlar todos os controles aos acessos à zona, e encontra os dois sobreviventes numa busca realizada por conta própria.


 


Boa repercussão
Segundo McLoughlin, o filme nasce da “”obrigação”” que sentiram de contar sua história em homenagem a todos os que não puderam contá-la. Esse sentimento de respeito fez com que Stone recebesse elogios dos que normalmente o criticam. É o caso do crítico Roger Friedman.


 


Em seu fórum sobre cinema no site da rede Foxnews, ele se derrete em elogios ao filme e ao diretor. “”Um registro elegante, poderoso, comovente, genuíno e pessoal dos horrores que ocorreram dentro e fora do World Trade Center””, escreveu.


 


O comentarista do jornal Orlando Sentinel foi mais longe e chamou o filme de “”patriótico””, adjetivo poucas vezes atribuído à obra de Stone, tachado de liberal e cujo documentário sobre o presidente cubano, Fidel Castro, ainda não foi distribuído nos Estados Unidos.