Amorim rebate crítica da oposição sobre política externa

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, rebateu as críticas à política externa do governo, principalmente sobre a nacionalização do gás na Bolívia, feitas no início da semana pelo candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin. “Acho que não é

 


Amorim, no entanto, defendeu a política externa do governo. “O que eu posso dizer é que tivemos uma atitude firme com a Bolívia, quem acompanha de perto sabe disso”, afirmou. “Evitamos ataques estridentes, radicalizações, retaliações que não trariam nenhum benefício.” Segundo ele, no passado já foram adotadas políticas de retaliação que não foram benéficas ao País.



“Mas eu entendo que quem está na oposição tem que falar”, disse. “E não tem o que falar, porque no geral as coisas no Brasil estão tendo êxito.” Segundo Amorim, as exportações brasileiras para os Estados Unidos têm aumentado “espetacularmente”. Além disso, as vendas aos países que foram priorizados pela política externa do governo Lula cresceram mais ainda. “A questão é que para os países a que o país deu mais atenção na política externa, as exportações cresceram 30%, em alguns casos até 40%.”



Isso, segundo ministro, criou uma situação na qual, apesar das exportações para os Estados Unidos e União Européia terem atingido recordes históricos, a região da América Latina e o Caribe se tornou o maior parceiro comercial do Brasil. “As coisas estão caminhando, mas candidato tem mesmo que procurar coisas para falar”, disse.



Amorim foi questionado por jornalistas se permanecerá no cargo caso o presidente Lula seja reeleito em outubro. “Tem de perguntar ao presidente Lula”, disse. Os repórteres insistiram, questionando se ele deseja continuar no posto. “Meu desejo pessoal é algo secundário”, respondeu.



Violência


 


O ministro admitiu que a nova onda de violência em São Paulo tem um impacto sobre a imagem do País no exterior. “Positivo não é, mas a questão da segurança é um dos grandes problemas do Brasil, é um problema nosso, temos que lidar com ele”, disse. “Qual é maneira, eu não sei, não sou especialista.” Segundo o ministro, “mais importante do que a imagem é a realidade”. O fundamental, acrescentou é “resolver os problemas”.