Aldo critica uso político da crise em São Paulo

O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), criticou hoje o uso político da onda de violência em São Paulo. Sem citar o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), que acusou o PT de ser ligado à organização criminosa PCC, Aldo Rebelo d



“Quem buscar dividendos disso [da crise] não vai colher nem segurança nem votos. Não é com acusações de um partido contra o outro que o problema vai ser resolvido”, ponderou.

Nos últimos dias, Aldo conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele não quis revelar o diálogo, mas Folha Online apurou que o presidente teria comentado que a questão político é um dos motivos para que o governador de São Paulo, Claudio Lembo (PFL), resista em aceitar ajuda federal para resolver o impasse.

A avaliação no Planalto é que na visão do PFL, o presidente acabaria lucrando politicamente se interferisse em São Paulo mandando para o Estado a Força de Segurança Nacional. O PFL, que apoia o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa presidencial, estaria pressionando para que Lembo não aceite a ajuda.

Sem um acordo com o governo paulista, o presidente Lula também teria colocado, segundo interlocutores, que está de mãos atadas. Ele não pretende fazer uma intervenção federal no Estado. Outra dificuldade identificada pelo Planalto é que as forças de segurança em São Paulo, lideradas pelo polêmico secretário de Segurança, Saulo de Castro (ligado ao PSDB), também não aceitam serem comandadas pela força nacional.


Mercadante critica gestão tucana


O candidato do PT ao governo de São Paulo, o senador Aloizio Mercadante, responsabilizou a gestão tucana pela crise na segurança pública do Estado. Segundo ele, a onda de violência que voltou a atingir o Estado é resultado da política equivocada adotada nos últimos 12 anos –numa referência aos governos de Mário Covas e Geraldo Alckmin.

“Isso é resultado de 12 anos de equívocos e portanto não há resposta imediata”, disse Mercadante, que participa hoje de uma missa em memória dos agentes penitenciários assassinados.

Questionado sobre qual seria sua primeira medida como governador no caso de haver uma onda de ataques a São Paulo, Mercadante respondeu que iria “fazer valer a “Lei de Execuções Penais”.

Segundo ele, os presos de alta periculosidade deveriam ficar separados dos demais e o Estado não pode ceder aos caprichos dos presos.

Mercadante afirmou que é preciso restabelecer a disciplina no sistema prisional. “O crime organizado cresceu dentro dos presídios. É preciso cortar as linhas de financiamento e os canais de comunicação do crime organizado.”

O candidato petista ao governo de São Paulo defendeu ainda a formação de uma força-tarefa para driblar a violência no Estado. Essa força-tarefa seria formada pelos governos federal e estadual, ministérios públicos, polícias civil, militar e federal, além da Receita Federal.


Da redação,
com informações das agências