Brasil não deve renovar acordo de exportação com Argentina

O ministro interino do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o secretário-executivo Ivan Ramalho, participa de reunião nesta quarta-feira na Argentina, a fim de discutir com as autoridades argentinas o ac

O acordo, que venceu no dia 30 de junho último não poderá ser renovado. Segundo Ramalho, existem razões suficientes para suspender as restrições, já que as estatísticas mostram que nos últimos dois anos a Argentina comprou mais produtos de outros fornecedores estrangeiros do que do Brasil. "Em nosso ponto de vista, isso é um motivo, mais que suficiente, para suspender qualquer tipo de restrição voluntária que seja das vendas de produtos brasileiros à Argentina. Existe uma preocupação das autoridades (brasileiras) com o crescimento das exportações de outras países para a Argentina, crescimento que, em alguns casos, está mais acentuado com fornecedores de outro país do que do Brasil", disse.

Ramalho lembrou que o setor industrial brasileiro concordou em restringir "voluntariamente" as exportações para Argentina, a fim de permitir o crescimento da produção e das vendas da indústria local e não para beneficiar fornecedores de outros países. "Não faria sentido fazer uma alta restrição que beneficiaria os exportadores de outros países, não sujeitos aos mesmos tipos de procedimentos", disse o secretário. "Mas pelo o que aconteceu, pelas estatísticas que temos, ainda que o Brasil continue sendo um grande exportador para a Argentina, ou até o principal exportador, o caso relevante é que estamos vendo um crescimento mais expressivo das vendas de outros países do que das exportações do Brasil", declarou.

 

Com agências