Grupo do Rio pele maior apoio ao Haiti

O Grupo do Rio pediu a extensão da vida e mandato da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah) segundo uma nota divulgada hoje após a última reunião de chanceleres

"Em resposta a uma petição do presidente René Préval devemos tentar aumentar não apenas o tamanho da Missão, mas também seu mandato", disse a chanceler guianesa, Rudy Insanally, segundo o jornal Caribbean Net News. A ampliação da Minustah no país mais pobre da América Latina foi a principal pauta do 27º encontro de ministros de Relações Exteriores do Grupo do Rio, realizado na semana passada.

 

A anfitriã do fórum assegurou que neste momento estuda-se a possibilidade de dilatar a permanência da Missão que concluirá seus trabalhos em agosto "para manter os êxitos alcançados, em particular na área de estabilização política". Ele recomendou que tanto o Grupo como a Comunidade do Caribe (Caricom) "devem continuar sua cooperação para a consolidação e continuidade dos progressos da sociedade haitiana".

 

Ante cerca de vinte delegados, ela insistiu que "devemos permanecer vigilantes para assegurar que a assistência financeira prometida pela comunidade internacional para apoiar a reconstrução do Haiti seja enviada rapidamente". Desde janeiro passado, a Guiana, em representação da Comunidade do Caribe, recebeu a Secretaria pro témpore do grupo, e dentro de cinco meses será sede da 20ª Cúpula presidencial.

 

O Grupo do Rio trabalha desde 1986 para consolidar a cooperação política e econômica e fomentar a aproximação dos países para solucionar numerosos problemas que afetam seus membros. Constitui-se como bloco de concertação política a partir da fusão do Grupo de Contadora para a Paz na América Central e seu Grupo de Apoio, formado por oito nações.

 

Hoje integram o bloco Argentina, Belize, Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Chile, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai, Venezuela e Guiana.

 

Entretanto, segundo informações da própria Minustah, as tropas brasileiras da estão enfrentando uma hostilidade crescente por parte das gangues locais. Segundo o capitão-de-corveta Alberto Barbosa Nascimento, assessor de Comunicação da força de paz, em entrevista à Agência Brasil, as gangues romperam a trégua com o governo e, depois de alguns meses de calmaria, voltaram a atacar neste último fim de semana.

 

Segundo informações da missão, nos últimos dez dias, os brasileiros se envolveram em pelo menos quatro confrontos armados. Na semana passada, as tropas brasileiras patrulhavam o bairro pobre de Bel-Air, na capital haitiana, Porto Príncipe, quando foram atacadas por sete homens armados. O Exército respondeu ao tiroteio e um desses homens foi morto.

 

Da Redação

Com agências.