Cuba recupera fotos inéditas das fases pré e pós-revolução

Universidade Yale doa filmes de David Stone e fotos de Andrew St George produzidas em Cuba nas décadas de 50 e 60. Imagens passam a integram o acervo do Instituto de História de Cuba.

A Universidade de Yale (EUA) doou para Cuba uma coleção quase inédita de documentários e fotos realizados entre 1964 e 1969. O acervo inclui filmes produzidos na Sierra Maestra entre 1957 e 1959.

Obra do cineasta norte-americano David Stone, os materiais foram entregues para o Instituto de História de Cuba, como cortesia do Arquivo da Biblioteca Sterling, da Yale, informou o Granma.

Além dos 62 filmes reproduzidos digitalmente, foram doadas 5.000 fotografias — a maioria inédita. As fotos foram tiradas pelo jornalista Andrew St George desde a vitória da revolução no dia primeiro de janeiro de 1959 até a nacionalização das companhias norte-americanas decidida pelo governo.

"Memória histórica"
St George foi um dos primeiros correspondentes que viajou para Cuba para entrevistar Fidel Castro — à época, com 31 anos e líder dos revolucionários. A coleção fotográfica tem imagens do jornalista Hebert Mathews, autor de uma célebre entrevista na Sierra Maestra com Fidel, publicada no New York Times em 1956. A entrevista surpreendeu o mundo ao provar que — diferentemente do que havia divulgado o regime de Batista — o líder revolucionário estava vivo.

"A qualidade das filmagens, suas informações implícitas, as entrevistas nelas registradas e as fotografias têm um valor incalculável para a história deste país", disse Raúl Izquierdo, presidente do Instituto. Essa "memória histórica" contribui para o enriquecimento do patrimônio documental do Instituto e de Cuba e "fortalece os laços de intercâmbio e solidariedade entre os pesquisadores dos dois países", considerou.

Os governos dos Estados Unidos e Cuba estão em confronto desde o êxito da revolução em 1959. Washington aplica um embargo unilateral desde 1962.

Da redação, com Agência Carta Maior e Ansa