Duelo EUA-Venezuela por votos para o Conselho de Segurança

O ministro do Exterior da Venezuela, Ali Rodríguez, previu nesta quinta-feira (22) que seu país será eleito para o Conselho de Segurança da ONU, apesar das “grosseiras pressões” dos Estados Unidos. A candidatura tem o apoio

A vaga de membro não-permanente vai se abrir para substituir a Argentina no Conselho de Segurança, e cabe necessariamente a um país latino-americano. A votação só será em outubro mas desde já polariza as opiniões.

Conforme Rodrígues, a Venezuela “rechaça as pressões e tentativas de cercear a vontade de seu povo e seu governo, e isto é garantia de que haverá uma voz independente no Conselho de Segurança”. O país, agregou, se candidatou para “ser porta-voz das reivindicações e legítimos direitos da grande maioria dos habitantes da humanidade e particularmente dos países do continente”. Para o chanceler, esta atitude fará com que os países que ainda não firmaram posição votem a favor da candidatura venezuelana.

"Cada lafrão pela sua condição"

Rodríguez recordou, como argumento em favor desse favoritismo, a eleição do secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), no ano passado. Na ocasião, os EUA tentaram impor um nome do seu agrado, salvadorenho ou mexicano, mas terminaram fracassando. “Com certeza algo semelhante vai acontecer também no Conselho de Segurança das Nações Unidas”, prognosticou.

O chefe da diplomacia venezuelana foi particularmente duro ao responder às acusações do subsecretário de Estados dos EUA, Tomas Shannon, sobre uma suposta tentativa do governo Hugo Chávez para comprar influência na América Latina. Disse que é Washington que tenta comprar consciências e invade países, como o Iraque, a República Dominicana e Granada.

“Cada ladrão julga pela sua condição. Essa gente que tem a mentalidade dos mercadores pensa que é muito fácil comprar consciências e que é muito fácil que as consciências se deixem vender”, contra-atacou, em entrevista à Telesul.

Com agências