Filha de Che Guevara defende Cuba no Ceará

"Os meios de comunicação internacionais quase nunca dizem a verdade em relação à Cuba e quase sempre a modificam, a serviço das grandes transnacionais e pelo grande império econômico mundia

Intransigência e terrorismo de Estado. Foram com estas expressões que a médica cubana Aleida Guevara, filha do guerrilheiro Che Guevara, classificou as ações dos Estados Unidos no boicote à ilha administrada por Fidel Castro, em discussão na Conferência Vozes de Nuestra América, que aconteceu ontem de manhã na Assembléia Legislativa do Ceará. Segundo ela, a resistência de Cuba ao bloqueio econômico se deve ao entendimento do povo cubano de que existe uma alternativa ao capitalismo. Aleida veio ao Ceará participar de atividades promovidas pela Casa Amizade Brasil-Cuba.
"Os meios de comunicação internacionais quase nunca dizem a verdade em relação à Cuba e quase sempre a modificam, a serviço das grandes transnacionais e pelo grande império econômico mundial. A pergunta que fica é: qual o grande temor que uma pequena ilha caribenha causa, para que os Estados Unidos destinem US$ 55 milhões anuais para boicotar o sistema político cubano?", indagou Aleida Guevara.
À tarde, na sede do Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce), Aleida concedeu entrevista coletiva na qual disse que as relações diplomáticas entre o Brasil e Cuba "melhoraram significativamente" com a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela citou o Brasil como uma das nações que melhor se relaciona com Cuba. Entretanto, Aleida disse que as "relações em Cuba são boas com os povos e não necessariamente com os governos desses povos".
Aleida, que é médica e mora na capital Havana, destacou também a importância do projeto "operação milagre", que oferece gratuitamente, em Cuba, tratamento para pacientes com catarata. Segundo ela, em dez anos de atividade do projeto, iniciado em 2004, já foram operadas 6 milhões de pessoas carentes da América Latina e de países subdesenvolvidos.

 

Fonte: jornal O POVO