Chico Lopes reafirma candidatura de Inácio Arruda ao Senado

O deputado Chico Lopes (PCdoB) reafirmou nesta sexta-feira, durante pronunciamento na Assembléia Legislativa, que o deputado federal Inácio Arruda (PCdoB) será candidato ao Senado Federal pelo partido.

O deputado Chico Lopes (PCdoB) reafirmou nesta sexta-feira, durante pronunciamento na Assembléia Legislativa, que o deputado federal Inácio Arruda (PCdoB) será candidato ao Senado Federal pelo partido. "Queremos contribuir com cara própria, com força suficiente. Não estamos preocupados com a candidatura do PSDB. Se houver, será bom porque teremos uma candidatura da esquerda e outra da direita. Não temos medo de concorrer com o Moroni, com A, B ou C. Já chega de o Senado do Ceará ser uma coisa de elite", disse.
As afirmações do parlamentar comunista causaram polêmica no plenário. O deputado Fernando Hugo (PSDB) afirmou que Lopes estava desrespeitando o acordo de líderes partidários, anunciado minutos antes pelo presidente em exercício da Mesa Diretora, deputado Gony Arruda (PSDB). O documento, que foi firmado na última quarta-feira, impede os deputados de emitir opinião favorável ou contrária a candidatos, partidos políticos ou coligações partidárias.
Para o deputado Pedro Uchoa (PSL), as declarações de Lopes não configuram propaganda eleitoral antecipada. "Lopes não está fazendo proselitismo. Não vejo problema nenhum nisso. Os deputados não estão amordaçados. Se não pudermos falar, vamos fechar a Assembléia. Quando está na tribuna, o deputado é livre", defendeu. Gony Arruda observou que a presidência não teve a intenção de cercear a palavra de Lopes, mas alertou que o deputado fizera elogia a uma candidatura, descumprindo, assim, o acordo.
Atendendo ao pedido da presidência, Chico Lopes mudou o tom do discurso. Ele deu várias dicas para aumentar a eficiência do Tribunal Regional Eleitoral quanto à fiscalização das próximas eleições. "Se o TRE está preocupado com compras de votos, que façam um levantamento de quantos pneus de bicicletas já foram comprados, de quantas dentaduras estão sendo transferidas para o Interior, de quantas fábricas de rede estão funcionando a todo vapor. Se quiser, também, é só a Polícia Federal ou a Polícia Militar ficar esperando, no dia antes das eleições, os envelopes que passam por debaixo das portas", sugeriu.

Fonte: Coordenação de Comunicação da Assembléia Legislativa