Pequim e Washington buscam reatar intercâmbio militar

Autoridades da Defesa dos Estados Unidos e da China realizaram ontem a oitava rodada de conversações em matéria de segurança, com o objetivo de reatar as relações militares, informou a mídia chinesa.

A China aceitou o convite para presenciar os exercícios militares que os EUA realizarão, neste mês de junho, na ilha de Guam.

As duas delegações, reunidas quinta-feira em Pequim, foram lideradas pelo adjunto da Secretaria de Defesa americana, Peter Rodman, e pelo assistente do chefe do Estado-Maior do Exército de Libertação Popular (ELP) chinês, Zhang Qinsheng, segundo a agência Xinhua.

"As duas partes mantiveram conversações francas, amistosas e construtivas em assuntos internacionais, questões de segurança regional, laços bilaterais e construção militar", informou um comunicado do Ministério da Defesa chinês.

O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Liu Jianchao, anunciou que Pequim aceitou o convite para presenciar os exercícios militares americanos, pela primeira vez em anos, que serão realizados na ilha de Guam em junho. O convite foi feito pelo almirante William J. Fallon, que visitou a China em maio.

Segundo os analistas, a participação da China pode ajudar a quebrar o gelo entre os dois Exércitos, distanciados desde 2001, quando interromperam os intercâmbios após a colisão de um avião da Força Aérea dos EUA com outro chinês na ilha de Hainan.

A situação deteriorou-se no último ano, por causa das insinuações americanas de que a China supostamente ocultaria informações sobre suas despesas de Defesa, enquanto que o gasto militar americano é quase dez vezes maior que o chinês. Pequim, por sua vez, denuncia a mentalidade de Guerra Fria americana e o exercício realizado pelas mentes do Pentágono, que criam regularmente teorias sobre uma suposta ameaça chinesa.

Com agências internacionais