9º Concut: Central presta solidariedade internacional

A abertura dos trabalhos na tarde desta quinta-feira (08/05), penúltimo dia do 9º Concut, foi precedida pela manifestação de solidariedade internacional de sindicalistas de Portugal, Peru e Índia.

O representante da CGTP (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses), Florival Lança, destacou em sua saudação a repercussão da eleição do governo Lula para a luta internacional. “[com a eleição de Lula] O povo brasileiro renovou as esperanças dos povos de todo o mundo que lutam por uma nova via”.

O dirigente português também ressaltou a importância da CUT e as parcerias que ambas entidades têm feito para a proteção do trabalho dos imigrantes. “Hoje, brasileiros e portugueses trabalham lado a lado, com os mesmos direitos”, completou Florival Lança.

Integração contra a Alca –
Em nome de outra CGTP, a peruana, Juan José Gorriti comentou o resultado das recentes eleições naquele país, vencida pelo ex-presidente Alan Garcia. “As eleições trouxeram dois elementos para o povo peruano; um, a de vontade de mudanças, representada pela rejeição da candidatura de extrema direita e a boa votação no campo da esquerda, representada pelo candidato Humala. De outro lado, porém, foi uma eleição terrível porque trouxe de volta um personagem que já havia sido expulso da vida política do país”, afirmou Gorriti. Ele afirmou, ainda, que a esquerda tradicional foi derrotada porque faltou sintonia com o povo peruano.

Sobre o papel do Brasil no cenário internacional, o dirigente da CGTP afirmou que “hoje, cabe ao Brasil e ao presidente Lula coordenar o processo de integração latino americana, essa é a única alternativa contra a Alca e o projeto de dominação imperialista”.

Experiência indiana –
O representante da Central dos Sindicatos Indianos, M.M. Laurence iniciou seu discurso de saudação afirmando estar honrado por participar do congresso de uma central tão importante no cenário mundial como a CUT. “Temos uma meta em comum, derrotar o governo norte-americano e o neoliberalismo”, conclamou sob os aplausos dos delegados e delgadas. Laurence afirmou que as mudanças ocorridas na América Latina, com a eleição de governos democráticos de esquerda e centro esquerda, têm servido para refletir sobre a própria experiência indiana.

Ele explicou que os partidos progressistas de seu país emprestaram apoio ao governo indiano (majoritariamente dominado pelo Partido do Congresso, de centro), mas que o governo não está cumprindo com acordos firmados. O sindicalista indiano terminou sua saudação com um simpático “viva a CUT”, em português.