Direita imperialista se mantém no novo governo colombiano

A revelação dos nomes dos novos ministros da Colômbia para o segundo mandato do presidente de ultradireita Álvaro Uribe confirma as cotas que os partidos e grupos políticos queriam em troca do apoio a reelei&cced

Até agora, a imprensa informa que Juan Manuel Santos será o novo ministro da Defesa; Carlos Holguín, o do Interior e Justiça; María do Rosário Guerra, de Comunicações, e Juan Lozano, de Meio Ambiente e Moradia.

 

O primeiro é coordenador do Partido da U, criado no final do ano passado para impulsionar a reeleição de Uribe e um dos políticos colombianos mais controversos. Segundo a Prensa Latina, faz visceral oposição ao governo do presidente venezuelano Hugo Chávez, tendo sido um férreo defensor do golpe de abril de 2002. Foi quem articulou no governo do ex-presidente Andrés Pastrana (1998-2002) o asilo na Colômbia para o golpista Pedro Carmona, que recebeu o título de “Pedro, o breve”, por sua efêmera estância no poder na Venezuela. Fontes oficiais teriam revelado à imprensa que sua indicação foi consultada por Uribe a seu amigo venezuelano.

 

Holguín, presidente do Partido Conservador, também não hesita em afirmar publicamente que seu apoio a reeleição de Uribe era por mudanças nas cotas de poder e postos no novo gabinete e outras empresas estatais. Tendo isso em vista, não é estranho que surja entre os primeiros ministros deste novo gabinete.

 

O indicado para o ministério de Meio Ambiente, Moradia e Desenvolvimento Territorial, é militante do Partido Mudança Radical, do senador Germán Vargas Lleras, outro que respaldou a permanência de Uribe na primeira magistratura. Além disso, os outros indicados, como da pasta de Guerra, estão relacionados com os movimentos políticos que formaram a coalizão uribista, que conseguiu 70% das cadeiras no Congresso nas eleições parlamentares de março passado. Eles trabalharam para que Uribe alcançasse pouco mais de 62% dos votos nas eleições presidenciais de maio passado e dessa forma ficar quatro anos mais na Casa de Nariño (Presidência). Para os observadores locais, com estas indicações e outros que virão, Uribe está retribuindo os favores prestados pelos partidos e grupos que respaldaram sua reeleição.

 

Da Redação
Com informações da Prensa Latina