Sérvia perde oficialmente laços com Montenegro

O presidente da Sérvia, Boris Tadic, avisou hoje à ONU, ao Conselho da Europa (CE) e à Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) que esta república é a sucessora legal da

O presidente sérvio afirma nas cartas aos secretários gerais da ONU, Kofi Annan, do CE, Terry Davis, e da OSCE, Marc Perrin de Brichambaut, que a Sérvia mantém a continuidade em relação à união estatal como país-membro nestas organizações.

O presidente sérvio solicitou também que o nome Sérvia e Montenegro seja substituído pelo de República da Sérvia.

Embora as organizações internacionais tenham solicitado que o desmembramento da união, que já durava 88 anos, fosse pacífico, os representantes sérvios asseguram que a ação não foi amistosa, embora tenham reconhecido a secessão. Com a secessão montenegrina, declarada por meio de referendo com pouco mais da metade dos votos a seu favor, a Sérvia perde o acesso ao mar Adriático.

Montenegro é a última das cinco repúblicas que formavam a ex-Iugoslávia a deixar a união, após sucessivas guerras promovidas a favor do imperialismo e contra a manutenção de uma república soberana, instituída em 1918.

Depois que Montenegro proclamou no sábado passado a independência, a Sérvia se declarou sucessora legal da união estatal servo-montenegrina, conforme ao previsto pela Constituição desse Estado, que ambas as repúblicas formavam desde 2003.

Nos últimos dias, Montenegro pediu aos países de todo o mundo que reconheçam sua independência e solicitou sua entrada na ONU e na OSCE.

Com agências internacionais