Números da violência contra a população no Chile não param de crescer

Manifestações prosseguem e violência policial recrudesce.

Chile

Seguem intensas as manifestações populares no Chile. A repressão também. Na sexta-feira (15), 268 pessoas foram detidas e 26 manifestantes ficaram feridos. Os atos públicos não arrefeceram após o anúncio de um polêmico plebiscito sobre uma nova Constituição.

Na mesma data o Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH) disse que 22 pessoas haviam morrido durante os protestos. Outras 2.209 sofreram ferimentos. Segundo o instituto, um órgão estatal dito independente, mais da metade dos ferimentos foram causados por tiros disparados por agentes estatais.

Entre os ferimentos estão 209 casos de trauma ocular causados pelo impacto de balas de borracha ou de chumbo, ou bombas de gás lacrimogêneo que atingiram os rostos dos manifestantes.

Pelo menos 6.046 foram presas, segundo o INDH, que verificou testemunhos de detenções ilegais, espancamentos, torturas e violações dos direitos humanos. Por essas razões, a agência entrou com 319 ações judiciais em favor de 472 vítimas, a maioria delas contra a polícia.