Deputada diz que pacote de Bolsonaro representa o desmonte do Estado

A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) considerou “desastrosas” as propostas de emenda à Constituição apresentadas pelo governo Bolsonaro, um pacote econômico que corta salários de servidores e limita gastos na saúde e educação, entre outros arrochos que vão prejudicar a população mais pobre do país.

perpetua almeida radio - Senado

Para Perpétua, o pacote enviado ao Senado faz parte de mais uma ação de desmonte do Estado brasileiro. “De novo o Governo tenta privilegiar os mais ricos e prejudicar os mais pobres. Tira recursos da educação e da saúde, atinge os servidores públicos e finge não enxergar as desigualdades que nossa população enfrenta todos os dias”, destacou.

O pacote prevê o congelamento do salário mínimo na Constituição por dois anos; a extinção de cidades com menos de cinco mil habitantes; unificação dos pisos constitucionais da Saúde e Educação; a destinação do superávit financeiro, além do excesso de arrecadação do Orçamento Fiscal e Seguridade Social para a dívida pública federal; o direito ao equilíbrio fiscal intergeracional; descapitalização do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e extinção do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), entre outros pontos.

“As mesmas pessoas prejudicadas na reforma da Previdência serão prejudicadas com esse plano ‘Menos Brasil’, como eu gosto de chamá-lo. Não podemos assistir nosso país afundar sem fazer nada. É preciso defender nossos direitos básicos, lutar pela Saúde e educação, taxar quem tem muito dinheiro e não tirar de quem já tem pouco”, pontuou Perpétua.

A deputada acreana acredita que os interesses do governo não ajudam, de fato, no fortalecimento do Brasil. “Eles precisam jogar no mesmo time da população, do povo, dos mais humildes. Do jeito que estão fazendo, passam a impressão de que estão sempre a favor do mercado, dos mais ricos. Nosso país é feito de gente, não de robôs. É preciso humanizar essas ações”, destacou.