Primeira licitação do Consórcio Nordeste economiza R$ 48 milhões

 

Governador Flávio Dino (Maranhão) na reunião do Consórcio Nordeste, em Teresina - Imagem: Roberta Aline/Governo do Piauí

 A primeira compra conjunta do Consórcio Nordeste gerou uma economia de R$ 48 milhões para os cofres públicos do Estados da região. O consórcio foi criado em março deste ano, durante encontro em São Luís. Um dos objetivos era justamente reduzir gastos.

A aquisição foi de medicamentos de alto custo para pacientes do Nordeste. Como a compra foi conjunta, os Estados conseguiram um desconto maior do que se adquirissem sozinhos.

Segundo o vice-presidente do Conselho de Secretários de Saúde (CONASS) para a Região Nordeste, Carlos Lula, o Consórcio Nordeste tem se consolidado como uma estratégia ainda mais eficiente para os problemas enfrentados pela saúde em razão do subfinanciamento.

“Estamos inseridos em um momento histórico onde todos observam a eficiência e eficácia dessa união entre gestores do Nordeste. Agora, apresentamos o primeiro resultado fruto do Consórcio e estamos seguros que muitos outros virão”, disse Lula, que também é secretário de Saúde do Estado do Maranhão.

“Por causa do problema desencadeado a partir da Emenda Constitucional 95 [que estabeleceu o teto de gastos], precisamos enfrentar a questão do subfinanciamento do SUS de maneira inteligente, visto que nosso desafio diário é fazer mais SUS com o mesmo dinheiro”, acrescentou.

A compra

A informação sobre a economia na compra dos remédios foi divulgada pelo governador de Pernambuco, Paulo Câmara, que se reuniu na quarta-feira (6) com os demais chefes dos Executivos do Nordeste ou seus representantes.

Foram comprados dez tipos de medicamentos, no valor total de R$ 118 milhões. Sem o consórcio, o valor seria de R$ 166 milhões.

Os remédios, de fórmulas restritas para a rede pública, serão destinados a farmácias, ambulatórios e postos de saúde.

O Consórcio

A criação do Consórcio Nordeste foi decidida em encontro histórico na capital maranhense, em março de 2019. Trata-se de um instrumento de administração para melhorar os gastos públicos e a gestão.

Além da compra conjunta, também podem ser feitas cooperações policiais muito mais intensas que as de hoje. A ideia é combater organizações criminosas interestaduais.

Também é possível firmar parcerias na infraestrutura, em obras, na formação de parques tecnológicos e nas vendas de produtos para o exterior.

Igualmente está aberta a possibilidade de elaborar estratégias conjuntas para atrair mais investidores. Intercâmbios estudantis e profissionais também estão entre as possibilidades, bem como operações conjuntas contra o crime organizado.