Deputado Márcio Jerry destaca o êxito do modelo prisional maranhense

Fazendo referência ao programa de incentivo à retomada educacional de detentos, o deputado do PCdoB maranhense citou como exemplos os últimos números registrados no Enem e o modelo de trabalho estruturado nas unidades prisionais maranhenses

márcio jerry - Najara Araujo/Câmara dos Deputados

Na tarde da última quinta-feira (24), o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA) ressaltou, no Plenário da Câmara dos Deputados, as mudanças instituídas no sistema prisional do Maranhão e os bons exemplos dados pelo estado na sociabilização de detentos sob a gestão Flávio Dino.

“Desde o início do Governo, nenhuma daquelas cenas dantescas que havia no passado, de rebeliões em presídios, com assassinatos em série, com cabeças degoladas, enfim um verdadeiro inferno no sistema prisional, afetando os detentos e suas famílias, e de modo extensivo, toda a sociedade”, disse ele, parabenizando a atuação de Murilo Andrade, atual Secretário de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) do Maranhão.

Fazendo referência ao programa de incentivo à retomada educacional de detentos, Jerry citou como exemplos os últimos números registrados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para Pessoas Privadas de Liberdade (PPL) e o modelo de trabalho estruturado nas unidades prisionais maranhenses.

“Hoje podemos olhar o sistema prisional do Maranhão e perceber que mais de 500 detentos têm conseguido lograr êxito no Enem. Estão conseguindo ter processo educacional interno, que é um requisito fundamental para a necessária ressocialização dessa pessoa que praticou atos ilícitos e por isso está pagando. Temos, hoje, mais 2 mil detentos que participam de atividades laborais também dentro de um processo que faz com que haja a resultados concretos nesse processo eficaz de ressocialização”, contou.

De acordo com o parlamentar, a experiência serve de modelo para o Brasil na estruturação de uma cultura de paz, ajudando a reformular o conceito do modelo prisional do país. “Isso é muito importante porque, para muitos, a questão que está dentro da porta da cadeia pra dentro, não tem nada a ver com a sociedade”, afirmou. “Não podemos aceitar como normal que as penitenciárias sejam fábricas de delinquência. Que as pessoas cheguem ali porque praticaram crimes e saiam dali piores do que entraram. É preciso que a gente faça sempre uma aposta a possibilidade daquilo que a própria lei prescreve, prevê, ordena, que é a ressocialização desses indivíduos”.