TRF acata pedido da defesa e adia depoimento de Lula

A decisão do desembargador Néviton Guedes, do TRF-1, atendeu ao pedido da defesa do ex-presidente Lula, que argumentou que o adiamento era necessário porque a Justiça ainda não recebeu as respostas de outros países sobre testemunhas que seriam ouvidas no exterior, n o processo sobre os caças suecos.

A decisão do desembargador Néviton Guedes atendeu ao pedido da defesa de Lula, que argumentou que o adiamento era necessário porque a Justiça ainda não recebeu as respostas de outros países sobre testemunhas que seriam ouvidas no exterior.

Na tese elaborada pelo Ministério Público, Lula teria pressionado o governo Dilma pela renovação de benefícios fiscais a montadoras de veículos por meio de uma Medida Provisória, tendo cometido suposto crime de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A defesa do ex-presidente nega as acusações e reforça que não há nenhuma prova que sustente tal acusação, pelo contrário, as testemunhas arroladas desmontariam a tese.

Foram expedidas pela Justiça cartas a outros países para que fossem ouvidas 17 testemunhas: 4 na França, 1 no Reino Unido e 12 na Suécia.

Mesmo não obtendo retorno desses países, o juiz Vallisney decidiu então seguir com o processo, com o argumento de que o longo tempo transcorrido sem resposta poderia prejudicar o desfecho do caso.

Na decisão do desembargador, ele dá uma prazo de 30 dias para que a defesa de Lula informe como está o trâmite dos depoimentos nos outros países. Depois disso, o juiz do DF deverá avaliar se aguarda uma resposta ou segue com o curso do processo.