Com pacote do FMI, violência explode no Equador

País sente os efeitos catastróficos da política neoliberal.

Equador

Assim como a Argentina, o Equador volta a presenciar cenas que foram comuns nos anos 1990, auge do projeto neoliberal na região e sua regência pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O governo do presidente Lenín Moreno tem reagido com a truculência habitual dos governos de direita. “Aqueles que violarem a lei, definitivamente deverão ser presos”, ameaçou Moreno.

Ele chamou os organizadores das mobilizações de “golpistas”, viajou na noite de quinta-feira de Quito para Guayaquil, a principal cidade da zona costeira, para fortalecer a presença institucional diante da proliferação de saques que aconteceram durante o dia de greve nacional dos transportes que motivou a declaração do estado de emergência. À noite ainda havia pontos de tensão em Quito e Guayaquil, relatou o jornal El País.

Na sexta-feira (4), as aulas foram suspensas novamente para os alunos do ensino fundamental, médio, superior e técnico. O porta-voz do sindicato dos caminhoneiros, Abel Gómez, anunciou que a paralisação do serviço seria estendida e que o braço de ferro com o governo seria mantido até que o decreto presidencial que elevou o preço dos combustíveis em 123% seja retirado.