Publicado 03/10/2019 13:43 | Editado 04/03/2020 16:22
As ruas do país inteiro voltaram a ser ocupadas por milhares de pessoas indignadas com as últimas ameaças do governo federal à educação. O Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Estado do Ceará (Sintufce) se juntou a várias categorias de trabalhadores, docentes, estudantes, movimentos sociais e centrais sindicais nesta jornada em defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade para dar a resposta popular ao avanço das forças que querem impor o retrocesso.
Com a paralisação de 48 horas, realizada nesta quarta (02) e quinta-feira (03), os técnico-administrativos em educação (TAEs) da Universidade Federal do Ceará (UFC) reforçaram a luta em defesa da autonomia universitária e contra a implantação do programa Future-se, proposta do MEC que cria mecanismos de privatização das universidades federais, a partir da parceria entre a União, universidades e organizações sociais.
Com concentração no pátio da Reitoria da UFC, o ato realizado na manhã desta quinta-feira (03) fechou o cruzamento das Avenidas da Universidade e 13 de Maio para denunciar à população de Fortaleza que a educação pública corre risco. “Nós fazemos parte da UFC, considerada uma das melhores universidades do mundo, segundo ranking recém divulgado. Educação não é mercadoria, por isso não está à venda”, alerta Keila Camelo, coordenadora Geral do Sintufce.
Com a crescente ameaça do governo de entregar o patrimônio público à iniciativa privada cresce também a resistência. O engajamento e a unidade foram marcas da manifestação dos cearenses. Para demonstrar o comprometimento com a luta sem tréguas em defesa da educação valeu tudo: bandeiras, batuques, faixas, palavras de ordem, estandartes, cartazes e camisetas e balões.
A caminhada seguiu pelas ruas do Centro, uma das principais regiões do comércio de Fortaleza, e encerrou na Praça da Justiça. O pedido de “Fora Bolsonaro” reuniu mulheres, estudantes, jovens, sindicalistas, trabalhadores de várias categorias profissionais e sociedade civil organizada. Além da educação, também estiveram na pauta dos atos que aconteceram em todo o país a defesa do Sistema Único de Saúde, contra a Reforma da Previdência e Privatizações.
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As iniciativas não se concentraram só em Fortaleza. Teve manifestação também em Juazeiro do Norte. Lá a caminhada teve concentração em frente à Crede 19. Os TAEs da Universidade Federal do Cariri (UFCA) seguiram em caminhada pelas principais ruas da cidade.