Manuela rebate: As mensagens foram entregues por mim voluntariamente

A ex-deputada Manuela d’Ávila (PCdoB) rebateu nesta terça-feira (1º/10) a repercussão da reportagem do jornal O Estado de São Paulo que estampou manchete cujo título anunciava que ela conversou por nove dias com Walter Delgatti Neto, hacker que interceptou conversas ilegais entre o então juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sergio Moro, procuradores da Operação Lava Jato e delegados da Polícia Federal.

Manuela - Foto: Joana Berwanger/Sul21

Manuela foi uma das únicas envolvidas que entregou voluntariamente à Polícia Federal os dados do seu telefone celular para demonstrar que não cometeu nenhum tipo de delito. Em suas redes sociais, a ex-deputada afirmou: 

Além de Manuela, o jornalista Glenn Greenwald, editor do site The Intercept – responsável pela divulgação das troca de mensagens – estranhou o fato do jornal dizer que teve acesso exclusivo às investigações que deveriam ser sigilosas.

Nas declarações que o Estadão informa ter tido acesso, Walter Delgatti confirma o que Manuela e ele mesmo já haviam declarado à polícia, que seu desejo de expor o teor das conversas interceptadas era para se fazer justiça e pede desculpas à Manuela por ter invadido o seu celular para fazer contato.

“Quero Justiça, não quero dinheiro. Desculpa eu entrar no seu Telegram, foi um mal necessário”, afirma, acrescentando o fato de ter, segundo ele, “oito Teras (bytes) de coisa errada”.

O jornal divulgou partes das conversas entre os dois e fez insinuações sobre a quantidade de tempo que trocaram mensagens, “nove dias”, entretanto, a mesma reportagem apresenta o dado do enorme número de material que o hacker enviava neste período.