O enfrentamento à opressão e à injustiça no Irã

Enquanto o mundo se pergunta se ainda há esperança para o acordo nuclear no Irã, e quais são os próximos passos do país, o foco do início da semana em Qom é o Tasua e o Ashura, dois dias muito importantes no mês sagrado de Muḥarram, o primeiro mês do calendário islâmico.

Irã

O acordo nuclear e as negociações do país com o resto do mundo fazem surgir opiniões diversas.

"Estes dois dias mostram que, aconteça o que acontecer neste mundo, não nos devemos render. Devemo-nos render apenas à verdade que está ligada a Deus.", diz um dos iranianos entrevistados pela Euronews.

Outras pessoas contam que o que o país está a mostrar é que se consegue levantar contra quem quer oprimir.

"É algo que os mais velhos nos ensinaram sobre dignidade e sobre enfrentarmos a opressão e a injustiça.", conta um jovem.

"Os inimigos estrangeiros decidiram eliminar o Islão e o nosso regime é baseado nos princípios dessa religião. Portanto, o imperialismo é um exemplo óbvio da opressão global. E devemos enfrentar isso.", explica um outro jovem.

QOM é a capital religiosa do Irã, revela uma parte mais conservadora deste país, uma parte que procura – e encontra – consolo e força em valores e tradições islâmicas.

A questão, para todo o Irão e também para muitas pessoas em Qom, é: qual o impacto que esta parte do país sentirá com as futuras decisões do goveno.