Preso político, Vaccari critica arbítrio de Sérgio Moro

Ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), João Vaccari Neto, estava detido desde abril de 2015 no Paraná por decisão do ex-juiz e atual ministro da Justiça Sérgio Moro.

Vaccari

Vaccari deixou a prisão na tarde da sexta-feira (6) para cumprir pena no regime semiaberto – será monitorado por uma tornozeleira eletrônica. Ele disse que “respeitou a lei” e “acima de tudo” cumpriu a vontade do partido. Vaccari foi vítima do arbítrio da 12ª fase da Operação Lava Jato e ficará em Curitiba, na casa de um tio, enquanto trabalhará na Central Única dos Trabalhadores (CUT).

A mudança de regime da pena foi determinada pela juíza Ana Carolina Bartolamei Ramos, da 1ª Vara de Execuções Penais de Curitiba. Nesse processo ilegal, o ex-tesoureiro foi condenado a 6 anos e 8 meses por “corrupção passiva”. Como já cumpriu 2 anos e 3 meses, ele teve o direito de progredir para o semiaberto, conforme a juíza. Em seu primeiro pronunciamento após sair da prisão, Vaccari Neto as atitudes arbitrárias de Moro.

“Quero agradecer ao apoio que eu tive de toda a militância do PT nesses quatro anos e quatro meses os quais eu estive preso por injustiça do juiz Sérgio Moro. Quero deixar também um abraço forte a todos os nossos militantes que estão enfrentando o dia a dia e a guerra implementada contra nós. E um forte abraço a todos os companheiros do diretório nacional que nesse período nos apoiou a mim e a minha família sem nenhuma dúvida de que o que nós fizemos foi respeitar a lei e, acima de tudo, cumprir a vontade do partido. E também a vontade política da sociedade brasileira”, afirmou Vaccari em vídeo divulgada nas redes sociais.