Bolsonaro defende indulto para policiais condenados

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, no sábado (31) que dará indulto para policiais que participaram dos massacres de Carandiru e Eldorado de Carajás, além dos envolvidos no sequestro do ônibus 174, no Rio de Janeiro.

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Na tarde do sábado, o presidente convidou jornalistas que o esperavam na entrada no Quartel General do Exército, em Brasília, para o almoço. Falou com o grupo durante 1h30 em churrasco com membros do gabinete. A conversa não pôde ser gravada, mas algumas informações circularam na imprensa.

Segundo o site Poder 360, que acompanhou as declarações de Bolsonaro, o presidente já havia falado sobre a possibilidade de conceder indulto a policiais “presos injustamente”. Disse também que a medida incluiria nomes “surpreendentes”. Questionado pelos jornalistas se concederia o perdão também para líderes de operações, disse que sim. “Se o comandante do Carandiru [Ubiratan Guimarães]estivesse vivo, eu daria.”

Os três casos citados por Bolsonaro tiveram ampla repercussão nacional. O massacre do Carandiru foi em 2 de outubro de 1992, quando uma intervenção da Polícia Militar de São Paulo causou a morte de 111 detentos. A PM havia sido chamada para conter uma rebelião na Casa de Detenção de São Paulo. O de Eldorado de Carajás é de 17 de abril de 1996 no sul do Pará. No episódio, 19 sem-terra foram assassinados pela polícia quando marchavam em direção a Belém. O sequestro do ônibus 174 foi em 12 de junho de 2000, no Rio de Janeiro. No episódio, o ônibus foi detido por quase 5 horas por Sandro Barbosa do Nascimento, sobrevivente da Chacina da Candelária. Após ser capturado pela polícia, o homem chegou ao hospital morto por asfixia.